Tem o relógio horas tão vazias que, breves mesmo, como de todas é costume dizermos, excepto aquelas a que estão destinados os episódios de significação extensa, (…), são tão vazias, essas, que os ponteiros parece que infinitamente se arrastam, não passa a manhã, não se vai embora a tarde, a noite não acaba.
José Saramago in O Ano da Morte de Ricardo Reis
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
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3 comentários:
Horas há na nossa vida
tão compridas que parece
que o tempo de nós se esquece
e nos faz essa partida!
JCN
O tempo passa tão breve
na nossa vida amorosa
que dura menos que a neve
ou que pétala de rosa!
JCN
O tempo dura o que dura,
sem de nós querer saber:
somos para ele qualquer
desprezível criatura!
JCN
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