As horas pela alameda
Arrastam vestes de seda,
Veste de seda sonhada
Pela alameda alongada
Sob o azular do luar...
E ouve-se no ar a expirar
A expirar mar nunca expira
Uma flauta que delira,
Que é mais a ideia de ouvi-la
Que ouvi-la quase tranquila
Pelo ar a ondear e a ir...
Silêncio a tremeluzir...
Fernando Pessoa
sábado, 20 de setembro de 2014
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