La Casa del Reloj, na Galiza, e a História do Tempo em Portugal

Numa rua do casco histórico de Ponteareas, Galiza, existe há décadas La Casa del Reloj, onde José Higinio Suárez Garra, ‘Secho’, mostra a sua colecção de mais de 360 peças, reunidas ao longo de 60 anos. Este autodidacta tem sido também o dinamizador da recuperação da relojoaria de torre da região.

O jornalista Sérgio B. Gomes, responsável pelo caderno P2 do jornal PÚBLICO, passou recentemente por lá e tirou algumas fotografias, que nos mandou. "Lembrei-me de ti, claro. E deixei-te uma surpresa para o fim...". Obrigado.

 

Na biblioteca do museu, um exemplar da História do Tempo em Portugal e várias edições do Anuário Relógios & Canetas...

Em Fevereiro de 1912, o relógio da torre de Nossa Senhora da Oliveira começa a dar 24 horas

A 4 de Fevereiro de 1912, um domingo, "principiou o relógio da torre de Nossa Senhora da Oliveira a dar 24 horas".

Fonte: Efemérides Vimaraneses

A alteração ocorrida no relógio em causa é motivada por obrigação legal. O regime republicano fez Portugal aderir ao sistema de Fusos Horários a partir de 1 de Janeiro de 1912 e obrigou os marcadores públicos de tempo a indicarem as 24 horas, como pode ler aqui.

Janela para o passado - Renascença revista mensal de letras, ciências e artes, 1907

Os relógios Hublot no Relógios & Canetas online

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Meditações - Desejo-te tempo

Desejo-te somente aquilo que a maioria não tem.

Desejo-te tempo, para te divertires e para sorrir;

Desejo-te tempo para que os obstáculos sejam sempre superados

E muitos sucessos comemorados.

Desejo-te tempo, para planear e realizar,

Não só para ti, mas também para os outros.

Desejo-te tempo, não para ter pressa e correr,

Desejo-te tempo para te encontrares,

Desejo-te tempo, não só para passar ou vê-lo no relógio,

Tempo para te encantares e tempo para confiares em alguém.

Desejo-te tempo para tocares as estrelas,

E tempo para crescer e amadurecer.

Desejo-te tempo para aprender e acertar,

Tempo para recomeçar, se fracassares...

Desejo-te tempo, para ter novas esperanças e para amar.

Não faz mais sentido protelar.

Desejo-te tempo para ser feliz.

Para viver cada dia, cada hora como um presente.

Desejo-te tempo, tempo para a vida.

Desejo-te tempo.

Tempo.

Muito tempo!

Atribuído na redes sociais a José Régio, mas será de Eddie Michler (ver aqui)

5,5 milhões de visualizações - Cantar de galo? não, que ainda há muito para fazer...

Ultrapassámos os 5,5 milhões de visualizações. Cantamos de galo? Não, o Tempo Português continua abandonado, sem ponteiros... 

Em 1843, raio cai sobre a Colegiada de Guimarães e danifica o relógio

Relatório sobre a tempestade ocorrida em Guimarães a 21 de Fevereiro de 1843: "Pela uma hora da tarde, pouco mais ou menos, caiu um raio na torre da Colegiada desta vila, o qual entrou depois pela igreja dentro, e fez bastante estrago, quebrando algumas peças de madeira e queimando bastante ouro não só das cornijas, mas também dos arcos. Em toda a igreja fez seus estragos, exceptuando na tribuna e na capela do Sacramento. O raio caiu no remate que tinha a cúpula da torre que era de ferro, depois de esbandalhar a mesma é que passou para a igreja. No exterior da igreja o estrago que fez foi deitar abaixo o martelo do relógio, uma bica do tanque e quebrar a maior parte dos vidros não só da igreja, mas também de muitas casas da Praça da Senhora da Oliveira, arrebentando na mesma o cano das águas públicas em diferentes partes. O estampido que deu o trovão quando caiu o raio foi muitíssimo grande, e seguiu imediatamente ao relâmpago, ficando os habitantes desta vila aturdidos e fora de si. Uns carpinteiros que andavam a pôr algumas porcas dos sinos na torre, escaparam felizmente de ser vítimas do raio, por na ocasião em que ele caiu irem por uma madeira. A cúpula principiou a incendiar-se a ponto de que foi preciso irem lá as bombas, e o administrador mandou para guardar a igreja força do destacamento de nº 8 e polícia. Também nesta ocasião caiu uma pequena faísca na torre de S. Paio, que se julgou extraviada de outra; porém foi tão pequeno o mal que causou, que foi quase imperceptível. Este acontecimento foi tido como um milagre, pois foi em uma ocasião em que ninguém estava tanto na torre como na igreja, e até mesmo no tanque, onde tinha caído o raio. Uns pedreiros que andavam a trabalhar ao pé do tanque não tiveram perigo, por nessa ocasião não andarem a trabalhar. Tanto neste dia como nos anteriores e posteiores houveram grandes tempestades."

Fonte: Efemérides Vimanarenses

Janela para o passado - Água Castello, 1907

Janela para o passado - há 100 anos - vindimas

 Ilustração Portuguesa de 28 de Outubro de 1922

Os relógios Hermès no Relógios & Canetas online

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Meditações - Lisboa modernizou-se, passou a usar relógio de pulso

A Lisboa do Bairro Alto. da Praça da Figueira, dos Poiais de S. Bento e do manjerico botou avenidas novas, flor na lapela e relógio de pulseira. Arranjou vestido novo, deu-se a andar de avião, a frequentar o Clipper e a tratar por tu a América, de janela para janela. E o Diário de Notícias seguiu o movimento. Encomendou um fato à moda, de cone inglês, pôs uma gardénia no casaco - e mudou de prédio. E esse caso, que poderia ser simplesmente doméstico, é um acontecimento de Lisboa - porque corresponde a um ritmo novo da cidade e do jornal que se habituou, insensivelmente, a resumi-la.

Alfredo da Cunha, por ocasião da inauguração do edifício do Diário de Notícias, no Marquês de Pombal, em 1940

A observação sobre Lisboa passar a usar "relógio de pulseira" contextualiza-se num tempo em que, em plena II Guerra Mundial, a transição do relógio de bolso para o de pulso estava definitivamente consumada,

Livro do dia - relógios Breguet

(biblioteca horológica Fernando Correia de Oliveira)

Em 1577, concedidos 700 reis ao mestre do relógio e a quem corre o sino, em Guimarães

Alvará régio, de 14 de Março de 1577, concedendo que da renda da imposição do vinho se tirem 80$000 reis para saldar as dívidas da Câmara. O requerimento que alcançou este alvará e que foi informado por ordem régia de 4 de Janeiro ao corregedor, diz - "que a dita vila é uma das mais nobres e antigas do Reino e de grande povoação ..... é muito pobre que não tem dez mil reis de renda de propriedades, pelo que el-Rei vosso avô que está em glória há muitos anos lhe fez mercê de um ceitil na imposição do vinho, e depois a infante D. Isabel que está em glória houve provisão de Sua Alteza para dela dar ao mosteiro novo que se de freiras fez cada ano 30$000 reis e lhos dão há 20 anos. E por a vila ter muita fábrica de "calsadas" pontes fonte e muitos enjeitados que a Câmara manda criar a 70 e tem muitas ordinárias que paga, a saber: 20 cruzados de aposentadoria ao ouvidor outros tantos ao escrivão da Câmara por provisão que tem de seu mantimento, 10 ao porteiro da Câmara 1 pano da mesa 700 reis ao mestre do relógio e a quem corre o sino e porteiros e as pitanças dos oficiais da Câmara que tem por provisão de Sua Alteza de procuradores e pessoas que mandam fazer os negócios da vila pelo que sempre anda empenhada maiormente agora que gastaram muito nas exéquias da infante e hão-de gastar nas do sr. D. Duarte cujas almas Deus tem pelo que P. a Vossa Alteza havendo respeito ao sobredito lhes faça que do depósito das novas imposições que Vossa Alteza novamente concedeu para ser trazer à vila água de certas fontes e para um chafariz: possam deles suplicantes tomar 80 mil reis para desempenhar a vila e pagar suas dívidas e para enterração do sr. D. Duarte".

Fonte: Efemérides Vimaranenses

Janela para o passado - Paletós, 1875

Os relógios H. Moser & Cie. no Relógios & Canetas online

 

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Meditações - controlar o tempo

Memorabilia - relógio de sol armilar portátil, relógios Breguet

Há 109 anos - Assalto à joalharia Aguiar & Machado, Rio de Janeiro, 1913

O Imparcial, Diário Ilustrado do Rio de Janeiro, de 28 de Outubro de 1913 (arquivo Fernando Correia de Oliveira)

Janela para o passado - Modern Office L.td, 1922

Janela para o passado - há 100 anos, duas glórias portuguesas - Gago Coutinho e Sacadura Cabral

Ilustração Portuguesa de 28 de Outubro de 1922

Os relógios Greubel Forsey no Relógios & Canetas online

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Meditações - as vantagens da procrastinação

Do Facebook

Memorabilia - macarons, relógios Breguet

Janela para o passado - estalos chineses, 1910

Os relógios Grand Seiko no Relógios & Canetas online

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Meditações - maturidade

A maturidade do homem é voltar a encontrar a serenidade como aquela que se usufruía quando se era menino.

Albert Camus

Janela para o passado - cerveja Super Bock, 1973

Descendente de Abraham-Louis Breguet passa por Portugal e assina o livro Mecânica do Tempo - Os Relógios da Colecção Medeiros e Almeida

Emmanuel Breguet, descendente de sétima geração de Abraham-Louis Breguet, e Vice President, Head of Patrimony and Strategic Development, Montres Breguet SA, está por Portugal, tendo falado ontem no Porto e hoje em Lisboa sobre a história da manufactura que leva o nome daquele que é considerado o maior relojoeiro de sempre.

Aproveitámos a passagem pela capital para lhe pedir que autografasse uma página do livro Mecânica do Tempo - Os Relógios da Colecção Medeiros e Almeida, na versão inglesa. Nela, Emmanuel Breguet escreveu uma nota sobre os Breguet nesse acervo museológico, considerado o melhor do seu género em Portugal.

Os relógios Breguet são vendidos em exclusivo no país na rede Boutique dos Relógios Plus.

 

Os relógios Frederique Constant no Relógios & Canetas online

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Meditações - você não está atrasado

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Janela para o passado - restaurante Insua Clube, Caminha, 1973

II Raide Macau - Lisboa, de 1990, contado em banda desenhada

O II Raide Macau - Lisboa, que ligou em 1990 a China a Portugal em automóvel vai ser contado em banda desenhada e o lançamento da obra é já no próximo domingo, no âmbito da Amadora BD. Estávamos em Beijing, como correspondente da agência LUSA, quando a expedição passou pela capital da República Popular.