segunda-feira, 31 de julho de 2023
Meditações - a relação entre o ontem e o hoje
Para mim a História não é a comemoração do passado, mas uma forma de interpretar o presente. Ao descobrir , creio poder decifrar a ordem possível do mundo, imaginária, porventura, mas indispensável à minha própria sobrevivência, para não me diluir a mim mesmo no caos de um mundo fenomenal, sem referências nem sentido.»
José Mattoso
domingo, 30 de julho de 2023
sábado, 29 de julho de 2023
A vaga de calor, há exactamente 100 anos
"Como V. Exªs devem saber pelo Diário do Governo, foi finalmente preenchida a vaga de calor que se mantinha aberta desde o verão passado".
Crónica de André Brun há exactamente 100 anos - 29 de Julho de 1923. In Os Meus Domingos (arquivo Fernando Correia de Oliveira)
Meditações - há sempre dois ou três intelectuais para darem corda a este relógio...
Novo acordo ortográfico – idiota e completamente fútil. Pretende-se uma ‘unificação’ à qual os factos vão, necessária e melancolicamente, dizer não. Esta ânsia de acordo a todo o custo, de mais um acordo, descontados os casos dos que se perduram nele ou para darem nas vistas ou para fazerem umas viagens à custa do contribuinte, pode também ter que ver – quem sabe?– com a angústia de se ter perdido um império e o acordo passar a ser uma espécie de compensação. Anda muita gente à procura de um ‘quinto império’ qualquer. De resto, como já tenho observado, alguma da nossa esquerda anda transcendental, ocultista, irracionalista e bandarrista. E fútil. De tanto querer ser ‘imparcial’, acaba por aceitar o inaceitável. Em Portugal, hoje em dia, quase ninguém faz aquele esforço continuado, concentrado e articulado, que antigamente dava pelo nome de pensar. Hoje, as pessoas preferem dizer coisas giras, coisas que dão nas vistas. Quanto mais surpreendem ou ultrajam a razão razoável, melhor. E há sempre dois ou três intelectuais, com alguma responsabilidade, para darem corda a este relógio.