quinta-feira, 30 de abril de 2020
Relógios & Canetas online Maio já disponível
Estes e outros milhares de relógios mostrados e explicados aqui, aqui ou aqui, no Relógios & Canetas online, a mais importante plataforma do seu género em língua portuguesa.
Os relógios Hamilton no Relógios & Canetas online
Meditações - Fio d'areia na ampulheta vigilante
Murmúrio d'agua na clepsydra gotejante.
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio d'areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante,
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre…
Homem, que fazes tu ? Para que tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça ?
Procuremos somente a Belleza, que a vida
E' um punhado infantil de areia ressequida.
Um som d’água ou de bronze e uma sombra que passa.
Eugéno de Castro, in A Sombra do Quadrante, Coimbra, 1906
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio d'areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante,
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre…
Homem, que fazes tu ? Para que tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça ?
Procuremos somente a Belleza, que a vida
E' um punhado infantil de areia ressequida.
Um som d’água ou de bronze e uma sombra que passa.
Eugéno de Castro, in A Sombra do Quadrante, Coimbra, 1906
quarta-feira, 29 de abril de 2020
Os relógio Gucci no Relógios & Canetas online
Humor relojoeiro - esferas armilares
Brito Camacho in Ferroadas (1932), referindo-se ao matemático Tomás Cabreira, personalidade controversa, que se interessou pelo Tempo e pelos Calendários (arquivo Fernando Correia de Oliveira)
terça-feira, 28 de abril de 2020
Os relógios Girard-Perregaux no Relógios & Canetas online
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Os relógios Corum no Relógios & Canetas online
Iconografia do tempo - Hôtel des Ventes, Paris, 1898
in L'Illustration, 1898. Cena no Hôtel des Ventes, Paris. Sobre o Hôtel des Ventes, ver aqui. (arquivo Fernando Correia de Oliveira)
domingo, 26 de abril de 2020
Os relógios Christophe Claret no Relógios & Canetas online
Meditações - A saudade dentro do relógio
Diários da Quarentena: A saudade dentro do relógio
Vinha no antigo livro da terceira classe, aquele que tinha na capa um lusito fardado de Mocidade Portuguesa com a bandeira das quinas desfraldada. Lá por dentro, onde nem tudo era mau, aparecia um conto sobre a emigração, naquele tempo quase sempre para as Américas, do Sul e do Norte, obviamente saudosista, a recordar aos que tinham ficado a sorte que os tinha abraçado.
O nosso emigrante, creio que na Venezuela, tinha convertido todo o seu pecúlio num imponente relógio que dava as badaladas tal como o sino da sua aldeia. Lá mais para a frente ficávamos a saber isso e também que ele estava agonizante. Ao bater das 12 badaladas do sino daquele dia, sabe-se lá qual, o digno ancião faleceu com um sorriso nos lábios.
O conto estava bem escrito e a miudagem, e não só, comovia-se vertendo uma lágrima e assoando o nariz. Num dos contos do suplemento do Natal do JF deste ano, um deles tratava da importância que o tocar dos sinos deixa em nós. É consolador num tempo de regresso escutar o badalim badalão da infância. É claro, como sublinhava a contista, que raros são os que ainda hoje soam martelando o bronze. Na maioria são instalações sonoras que reproduzem o mesmo som, nuns casos com o hino de Fátima, nos outros como se fosse o sinal horário.
O edifício dos Paços do Concelho tinha um relógio Cousinha, de que só alguns entendiam a importância, pois o Sr. Cousinha foi um fabricante de relógios de pesos, com oficina em Almada. As dezenas de relógios de torre que fabricou são hoje procurados pelos colecionadores e há muito que me pergunto se o verdadeiro Cousinha dos anos 1950 está de facto armazenado nas oficinas camarárias. Se assim for talvez um dia ele possa ser reerguido num local mais abrigado e recomece a dar as horas que ouvíamos em criança. Há ainda montadores e reparadores de relógios de pesos.
O que convém evitar é que pelo Fundão passe um bem-falante que decida oferecer dois patacos pelo “ferro-velho” que ocupa os armazéns. Em tempos não distantes foi assim que muitas igrejas e capelas do concelho se despiram dos seus silhares de azulejo, alguns polícromos, do século XVIII, para se revestirem de porcelana de cozinha de 1980.
Enfim, acontece e ninguém leva a mal; quem é que é capaz de viver sempre na mesma sala, no mesmo quarto, na mesma cozinha? Sobretudo em quarentena.
Mas isso são outros contos. Até à próxima.
António Melo, jornalista, in Jornal do Fundão de 24/03/2020
Vinha no antigo livro da terceira classe, aquele que tinha na capa um lusito fardado de Mocidade Portuguesa com a bandeira das quinas desfraldada. Lá por dentro, onde nem tudo era mau, aparecia um conto sobre a emigração, naquele tempo quase sempre para as Américas, do Sul e do Norte, obviamente saudosista, a recordar aos que tinham ficado a sorte que os tinha abraçado.
O nosso emigrante, creio que na Venezuela, tinha convertido todo o seu pecúlio num imponente relógio que dava as badaladas tal como o sino da sua aldeia. Lá mais para a frente ficávamos a saber isso e também que ele estava agonizante. Ao bater das 12 badaladas do sino daquele dia, sabe-se lá qual, o digno ancião faleceu com um sorriso nos lábios.
O conto estava bem escrito e a miudagem, e não só, comovia-se vertendo uma lágrima e assoando o nariz. Num dos contos do suplemento do Natal do JF deste ano, um deles tratava da importância que o tocar dos sinos deixa em nós. É consolador num tempo de regresso escutar o badalim badalão da infância. É claro, como sublinhava a contista, que raros são os que ainda hoje soam martelando o bronze. Na maioria são instalações sonoras que reproduzem o mesmo som, nuns casos com o hino de Fátima, nos outros como se fosse o sinal horário.
O edifício dos Paços do Concelho tinha um relógio Cousinha, de que só alguns entendiam a importância, pois o Sr. Cousinha foi um fabricante de relógios de pesos, com oficina em Almada. As dezenas de relógios de torre que fabricou são hoje procurados pelos colecionadores e há muito que me pergunto se o verdadeiro Cousinha dos anos 1950 está de facto armazenado nas oficinas camarárias. Se assim for talvez um dia ele possa ser reerguido num local mais abrigado e recomece a dar as horas que ouvíamos em criança. Há ainda montadores e reparadores de relógios de pesos.
O que convém evitar é que pelo Fundão passe um bem-falante que decida oferecer dois patacos pelo “ferro-velho” que ocupa os armazéns. Em tempos não distantes foi assim que muitas igrejas e capelas do concelho se despiram dos seus silhares de azulejo, alguns polícromos, do século XVIII, para se revestirem de porcelana de cozinha de 1980.
Enfim, acontece e ninguém leva a mal; quem é que é capaz de viver sempre na mesma sala, no mesmo quarto, na mesma cozinha? Sobretudo em quarentena.
Mas isso são outros contos. Até à próxima.
António Melo, jornalista, in Jornal do Fundão de 24/03/2020
sábado, 25 de abril de 2020
Os relógios Chanel no Relógios & Canetas online
Núcleo do Tempo do Ephemera - Taboada Curiosa, 1759
Do Núcleo do Tempo do Ephemera: Taboada Curiosa... de João António Garrido, sexta edição, 1759.
Não deite nada fora! O Arquivo Ephemera recolhe, classifica, trata e usa como base de investigação e publicação todo o tipo de testemunhos do passado.
sexta-feira, 24 de abril de 2020
Os relógios Cartier no Relógios & Canetas online
Novidades Laurent Ferrier 2020 - Grand Sport Tourbillon
Calibre de carga manual, com 80 horas de autonomia. Turbilhão com duplo espiral, visível no verso, balanço de geometria variável. Caixa de 44 mm, de aço, estanque até 100 metros. Vidro de safira na frente e no verso. Limitado a 12 exemplares.
Novidades IWC 2020 - Portuguieser Perpetual Calendar 42
Calibre automático, com 60 horas de autonomia. Calendário perpétuo com fases de lua. Caixa de 42,4 mm, de aço ou ouro. Vidro de safira na frente e no verso. Há ainda uma versão Boutique, com caixa de 44,3 mm, de Armor Gold® e calibre automático com 7 dias de autonomia.
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