Acaba de ser editada a monografia "O primitivo relógio mecânico do Mosteiro de Santa Maria da Vitória da Batalha - ou a preservação, inédita?, de um relógio gótico em Portugal", da autoria do relojoeiro Hermínio de Freitas Nunes, especialista em construção e restauro de relojoaria mecânica monumental de torre.
Nas suas 23 páginas, o estudo editado pela Horas de Ler, de Leiria, Hermínio de Freitas Nunes relata a investigação que fez ao relógio que foi apeado em 1889 da torre sineira do mosteiro e que hoje se encontra musealizado.
O autor pensa que se trata do relógio primitivo do mosteiro, embora com alterações técnicas sofridas ao longo dos séculos.
Se assim, for, estaríamos perante um exemplar gótico, referido pela primeira vez na década de 1460, na documentação do cartório do cenóbio da Batalha.
Essas fontes primárias indicam que um tal João Rodrigues ou João Rodrigues Alemão, mestre relojoeiro, vivia no próprio mosteiro e mantinha o relógio, não se sabendo se teria sido também o seu construtor.
O nome de João Rodrigues Alemão aprece ainda em documentação referente à reparação de relógios, no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (1471) e na Vila de Pombal (1501).
A monografia de Hermínio de Freitas Nunes sobre o exemplar da Batalha é mais uma achega para a história da relojoaria férra, grossa ou de torre em Portugal. Sobre este relojoeiro construtor, veja ainda aqui, aqui ou aqui. Sobre relojoaria férra, grossa ou de torre, veja, por exemplo, aqui.
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