A Seiko, manufactura nipónica fundada em 1881 em Tóquio por Kintaro Hattori, está a comemorar 140 anos. A Certora, representante da marca na Península Ibérica, organizou um almoço para seis convidados, no Kanazawa, na zona ribeirinha de Lisboa. Um evento exclusivo de uma marca cada vez mais exclusiva, no restaurante japonês mais exclusivo da cidade - só tem oito lugares, todos ao balcão. Domo Arigato Go Sai Masta Certora!
De seguida, um portefólio do evento, de trás para a frente, desconcertante, como um bom koan zen..., filosofia em que fomos iniciados há muitos, muitos anos pelo mestre Georges Sttobaerts. Começemos pois pelo final, a sobremesa, e avancemos até ao amuse bouche que foi o tiro de partida do excelente menu degustação (para nós, sempre ligeiramente braseado, que somos mais adeptos de tempura...)
Explica-nos o próprio Kanazawa:
Com um menu kaiseki único, que respeita os rigorosos
conceitos nipónicos, e apenas oito lugares ao balcão, o Kanazawa apresenta-se
como o restaurante japonês mais exclusivo de Lisboa. Paulo Morais, o chef
português mais especializado em cozinha oriental, é o chef e proprietário do
restaurante. A cozinha Kaiseki, equivalente ao ‘fine dining’ ocidental,
exprime, através de um menu de degustação, a estação e o lugar onde se
encontra, sendo as técnicas de confecção e a apresentação dos pratos
absolutamente rigorosas. Os clientes são sempre recebidos pelo chef que, à sua
frente, lhes prepara o menu escolhido, enquanto explica cada prato pormenorizadamente,
de modo a que consigam entender o que estão a comer, de onde vem e o porquê de
ser servido assim. A apresentação do prato é meticulosamente pensada, mais uma
vez respeitando o conceito japonês: a loiça escolhida, o empratamento elegante,
a atenção ao detalhe, reflectindo a arte minimalista nipónica.
Paulo Morais explica os vários elementos que irão servir para o sushi
Em cima, os representantes da Certora, à direita, com alguns dos convidados
Em cima, os restantes convidados. Em baixo, o fondue japonês
Miguel Rodrigues, da Certora, dá as boas-vindas ao grupo de convidados e explica a estratégia da marca, que pretende ser cada vez mais exclusiva, reduzindo pontos de venda e avançando para a divulgação da sua marca autónoma topo de gama, Grand Seiko.
Com apenas 21 anos, Kintaro Hattori abriu uma loja de venda e reparação de relógios, no centro de Tóquio. Onze anos depois, em 1892, fundou a fábrica Seikosha. A Seiko foi a introdutora do relógio de pulso de quartzo, o Astron, no final de 1969 (ver aqui, aqui e aqui). Portugal, que influenciou a cozinha tradicional japonesa, introduzindo nela o polme, e que daria lugar à técnica tempura (palavra que vem do português - tempero), também foi resposnável pela introdução no país da relojoaria mecânica (ver aqui). A tecnologia híbrida Spring Drive (calibres automáticos que geram electricidade e, com ela, alimentam o orgão regulador de quartzo), a alimentação de calibres de quartzo por energia solar ou os relógios conectados com acerto da hora por GPS são alguns dos avanços tecnológicos introduzidos pela Seiko ao longo dos seus 140 anos de existência. Seguindo o mote de Kintaro Hattori - "Sempre um passo à frente dos restantes".
Sem comentários:
Enviar um comentário