A mudança de hora de verão e de inverno justifica-se?
Tal como a luz elétrica mudou as nossas vidas dentro de casa
e nos expôs ao sono monofásico, tivemos a mudança de hora para poupar energia e
tempo, que começou no pós-guerra e se mantém. Em vez de 12 horas de luz-dia,
quatro de luz mais fraca, quando o Sol se põe (âmbar, vermelho, amarelo,
violeta), e oito para dormir e recuperar, temos a mudança de hora a alterar
tudo isto: oito horas de dia no inverno e 16 horas de luz no verão, o que nos
expõe a um excesso de luz durante uma parte do ano e a um débito na outra. Na
hora de inverno, produzimos mais melatonina e, sem dispositivos artificiais que
compensem os níveis de luminosidade em falta no interior, muitas pessoas
experimentam os efeitos nefastos da perturbação afetiva sazonal.
Nick Littlehales, entrevista a Clara Soares, revista Sábado, Agosto de 2020
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