Depois de terem começado a ser usados pelo público feminino - devido à moda de as mangas estarem a subir pelos braços, deixando-os nus - os relógios de pulso, considerados de início objectos efeminados, começam a ganhar terreno entre o público masculino a partir da Guerra de 1914-18, quando os soldados norte-americanos desembarcaram na Europa munidos deles (instrumentos mais práticos de consultar nas trincheiras, para operações de tempo coordenado).
No Núcleo do Tempo do Arquivo Ephemera há uma folha do jornal Diário da Manhã, de 25 de Dezembro de 1933, com um anúncio sobre relógios. Por essa altura, o relógio de pulso começa a ganhar terreno ao relógio de bolso (objecto por excelência do pater familias, do empresário de sucesso, do operário instruído). É no final dessa década de 1930 que, pela primeira vez, em todo o mundo, se vendem mais relógios de pulso do que de bolso, objecto que estará praticamente morto no pós-Guerra de 1939-45.
O anúncio diz respeito aos resultados dos concursos cronométricos realizados anualmente na Suíça, referentes a 1931 e 1932, e apenas para relógios de bolso, mas já com desenhos de relógios de pulso tanto femininos como masculinos a aparecerem.
Além da Omega, que domina por essa altura o isocronismo, referência à Patek Philippe e à Vacheron Constantin. Todas estas marcas sobreviveram até hoje.
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