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Património da HumanidadeNa encruzilhada da Ciência, da Arte e da Tecnologia, as
capacidades relacionadas com o domínio da relojoaria e das artes mecânicas são
usadas para criar objectos capazes de medir e indicar o tempo (relógios),
autómatos e andróides, esculturas e pinturas animadas, caixas de música e
pássaros cantores. Estes objectos técnicos e artísticos apresentam sistemas
mecânicos que geram movimentos e/ou emitem sons.
Embora geralmente escondidos, esses mecanismos podem estar à
vista, contribuindo assim para a dimensão estética e poética dos objectos.
O chamado Arco Jurássico (entre a Suíça e a França, com as
montanhas do Jura pelo meio), acaba de dizer a UNESCO, é uma região que
continua particularmente dinâmica devido à presença de especialistas altamente
qualificados, e empresas que promovem as competências e uma série de opções em
termos de formação profissional.
“Servindo uma função económica, essas competências também
moldaram a arquitectura, a paisagem urbana e a realidade social do quotidiano
das regiões em causa. A sua prática congrega muitos valores, como ética do
trabalho, pontualidade, perseverança, criatividade, destreza e paciência. A busca
interminável por precisão e o aspecto intangível da medição do tempo dão a essa
prática uma forte dimensão filosófica”, declara a UNESCO.
Isto tudo para justificar a inclusão das Artes Mecânicas da
região do Arco Jurássico na lista de Herança Cultural Imaterial da Humanidade.
Ironia do destino – é no final de 2020 que essa distinção é aprovada, o pior ano de sempre em um século de Relojoaria na região. Um prémio a um passado sem futuro? Esperemos que não.
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