Do Núcleo do Tempo do Arquivo Ephemera respigamos hoje uma nota contida no Almanaque de Lembranças para 1868, respeitante a uma de entre muitas e possíveis histórias sobre a origem das cartas de jogar.
Em Portugal, aparentemente, no século XVIII, as cartas de jogar eram um item que desequilibrava as contas da balança comercial do país. Se não, vejamos;
Em 1769, e por iniciativa do Marquês de Pombal, para combater a importação de artigos de luxo, inicia-se a instalação de um conjunto de Fábricas Anexas à Real Fábrica das Sedas do Rato. Para a produção, nomeadamente, de botões, lençaria, meias, chapéus, cutelaria, fundição de metais, pentes, relógios, serralharia, tapeçaria, tecidos, louça, etc.
Nesse âmbito, surge a Real Fábrica de Cartas de Jogar e de Papelões de Lisboa. Esta foi incorporada na Impressão Régia, sob a direcção do genovês Lorenzo Solesio, cujo monopólio de fabrico e venda de cartas de jogar no “reino e conquistas” foi um dos seus principais rendimentos até 1832, quando foi extinto. A Impressão Régia, também chamada Régia Oficina Tipográfica, passou a designar-se a partir de 1833 como Imprensa Nacional.
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