Ilustração no Almanaque de Santo António para 1901, no acervo do Arquivo Ephemera, no seu Núcleo do Tempo.
Fernando de Bulhões (1195? - 1231), nascido em Lisboa, tomou o nome de António quando entrou para a Ordem Franciscana. Com dons de oratória extraordinários, estudou Teologia nos mosteiros de São Vicente de Fora (Lisboa) e Santa Cruz (Coimbra).
Depois de uma passagem pelo Marrocos, vai para Itália. Em 1224, por indicação de São Fancisco de Assis, ensina Teologia na Universidade de Bolonha. É enviado depois para França, onde leciona nas universidades de Toulouse, Montpellier e Limoges.
Em Montpellier, em plena zona de influência do movimento cátaro, luta contra a heresia e aprende a falar a língua d'oc ou falar occitânio. A hagiografia antoniana refere que, nessa cidade, estando a dar aulas aos seus confrades, o ruído do coaxar de rãs num lago vizinho o incomodou. Saiu, invectivando-as para que se calassem. E as rãs ficaram de imediato mudas. Até hoje, dizem os locais, as rãs desse lago adjacente ao mosteiro franciscano de Montpelier terão ficado em silêncio, à espera que Santo António, Doutor da Igreja, lhes indique que já podem voltar a coaxar.
Suetónio relata, na vida de Augusto, o caso maravilhoso do jovem Octávio que manda calar as rãs que coaxavam junto à casa de campo do seu avô. Desde então, acrescenta o historiador, nunca mais se ouviu o coaxar de rãs naquele lugar. O silenciar de rãs é também um episódio recorrente na vida de outros santos.
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