(A Anália)
Se é doce no recente, ameno Estio
Ver toucar-se a manhã de etéreas flores,
E, lambendo as areias, e os verdores,
Mole e queixoso deslizar-se o rio:
Se é doce no inocente desafio
Ouvirem-se os voláteis amadores,
Seus versos modulando, e seus ardores
Dentre os aromas de pomar sombrio:
Se é doce mares, céus ver anilados
Pela quadra gentil, de Amor querida,
Que esperta os corações, floreia os prados:
Mais doce é ver-te de meus ais vencida,
Dar-me em teus brandos olhos desmaiados
Morte, morte de amor melhor que a vida.
Manuel Maria Barbosa du Bocage
domingo, 22 de junho de 2014
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2 comentários:
Morrer nuns olhos, como diz Bocage,
é por vezes melhor do que viver,
ainda que dizê-lo seja ultraje
à natureza feito sem querer!
JCN
Morrer nuns olhos, como diz Bocage,
é por vezes melhor do que viver,
ainda que dizê-lo seja ultraje
à natureza feito sem querer!
JCN
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