Chineses ou japoneses viam o relógio mais como um objecto mágico, que trabalhava sozinho e fazia sons e melodias, do que como um medidor de tempo.
Espanhóis, franceses, ingleses, holandeses seguiram-se por aquelas paragens e, sabendo do interesse que mandarins (chineses) ou shoguns (senhores da guerra japoneses) tinham por estas máquinas, também passaram a usá-los para abrir portas, subornar burocracias, agradar às elites locais.
Depois dos portugueses terem sido expulsos do Japão (por um shogun, Tokugawa Ieyasu, em 1614), o país ficou totalmente fechado a estrangeiros, excepto o porto de Nagasaki (cidade fundada pelos jesuítas), e apenas para os comerciantes holandeses.
A gravura que mostramos está nos Arquivos Nacionais da Holanda. É de 1814 e representa um relógio de mesa , tal como encomendado pelos shoguns de Edo (antigo nome de Tóquio) ou de Nagasaki. Fazia parte de uma lista de presentes, ilustrada.
Pista dada por Ralf Wokan
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