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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Breves relojoeiras - CEO da Jaquet Droz demite-se, Rolex investe

Manuel Emche

A dança das demissões nos mais altos cargos das manufacturas relojoeiras helvéticas continua. Esta semana, em Genebra, a notícia do momento era o afastamento do CEO da Montres Jaquet Droz, Manuel Emche, de 37 anos.

A marca Jaquet Droz faz parte do universo do Swatch Group e Manuel Emche era responsável por ela desde o seu relançamento, há oito anos. Por agora, um comité de direcção, sob a liderança de Nicolas Hayek, Chairman do grupo, vai tomar conta da marca estabelecida em La Chaux-de-Fonds.

Manuel Emch abandonará também a direcção geral alargada do Swatch Group, onde se ocupava dos mercados da Rússia, Europa do Leste e Ásia Central.

Manuel, que chegou a visitar Lisboa aquando do lançamento da Jaquet Droz no mercado nacional, com uma exposição de automómatos num espaço no Terreiro do Paço, é filho de Arlette-Elsa Emch, actual CEO da marca Swatch, ex-CEO da Ck e membro da direcção geral do Swatch Group.


Manuel, durante os oito anos em que esteve à frente da Jaquet Droz, contribuiu para a posicionar num nicho muito específico de mercado da Alta Relojoaria, aliando formas depuradas com complicações relojoeiras e o uso de técnicas de esmaltagem únicas, em edições quase sempre limitadas a 88 exemplares. O volume de negócios da marca rondará os 45 milhões de francos suíços anuais, para uma produção de apenas 2.500 relógios.

A Jaquet Droz, que tem o nome de um relojoeiro suíço famoso do século XVIII, grande construtor de autómatos, acaba de lançar um investimento avultado, a construção de uma nova manufactura, em La Chaux-de-Fonds, tendo actualmente cerca de 90 colaboradores. Foi adquirida em 2000 pelo Swatch Group.


Quanto a Manuel Emche, especula-se que ele próprio irá lançar uma marca de Alta Relojoaria.


Philippe e Thierry Stern

Outra notícia que corre os bastidores relojoeiros genebrinos é a de que Thierry Stern acaba de ser formalmente designado Presidente da Patek Philippe, sucedendo ao pai, aliás como previsto, mas um pouco mais cedo.


Com 39 anos, Thierry toma conta do cargo com a mesma idade que o pai, Philippe Stern, o recebeu, também do pai.
Futuras instalações da Rolex

Quanto a investimentos, e em tempo de crise, a Rolex lançou quarta-feira a primeira pedra da sua nova manufactura, um complexo gigantesco em Bienne (Biel). O centro de produção deverá estar pronto em meados de 2010, num total de 400 mil metros cúbicos de construção, permitindo centralizar num só ponto todas as actividades necessárias à fabricação de movimentos. Mais 116 mil metros cúbicos estão destinados a dois edifícios da Direcção e escritórios.

Sobre especulações que têm circulado sobre operações financeiras que a Fundação Rolex, dona da marca, teria feito, com resultados desastrosos, e na sequência do afastamento do Director Geral, a situação foi desmentida. Bruno Meier, o novo Director Geral, disse na ocasião: "Não perdemos um único franco com Madoff. Os nossos investimentos são muito prudentes e a Rolex não tem um único franco de dívida. A crise financeira foi, assim, completamente indiferente à nossa política de investimentos".

A Rolex emprega actualmente 2000 pessoas mas os seus números de produção, volume de negócios e lucros são o segredo mais bem guardado da indústria relojoeira helvética.

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