O Engenheiro Ilídio Gomes Barbosa, de que aqui mostramos a fotografia, como Sócio Efectivo da Sociedade de Geografia de Lisboa, foi, nos anos 1960, Secretário Provincial para o Desenvolvimento Rural de Angola, no consulado de Silvino Silvério Marques como Governador daquela colónia.
O seu espólio chegou recentemente ao Ephemera, o maior arquivo privado do país. Entre as várias pastas de documentos, como o cartão acima descrito, há um pequeno conjunto de papéis que dizem respeito à Relojoaria, pelo que foram arquivados no Núcleo do Tempo, de que somos responsáveis.
O mais intrigante intitula-se Grupo Interdisciplinar para a Investigação da Metodologia Relojoeira no Século XIX. Sem data, tem aparentemente a assinatura de Ilídio Gomes Barbosa. Nunca ouvimos falar de tal entidade. E ficamos sem saber se ela alguma vez existiu, já que o texto tem algo de jocoso, citando mesmo "um CD dos Beatles", pelo que será relativamente recente.
Os restantes documentos relacionados com a Relojoaria referem a compra, em Outubro de 1990, de um Omega Constelation e a saga que foi ocorrendo para que ele desse horas certas. Meticuloso, a partir da sua casa em Azeitão, Ilídio Gomes Barbosa anota à mão o comportamento diário desviante do relógio e mantém um diálogo de dois anos com a firma Analógico.
Fundada por Manuel Godinho, Pimenta e Silva, antigos quadros do durante décadas representante oficial da Omega em Portugal, António Luís Moura / Olindo Moura, a empresa ainda hoje existe e garante a assistência técnica a marcas do Swatch Group, entre as quais a Omega. Para saber mais sobre as raízes da Analógico vá aqui e aqui.
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