O relojoeiro e escultor Pedro Miguel da Mota e Maldonado, Cristão Velho, 27 anos, solteiro, castelhano, natural de Migas, Granada; e o seu amigo ourives do ouro e da prata Vitorino António do Valle, solteiro, também castelhano, natural de Mérida, são detidos a 23 de Dezembro de 1746.
Os réus estavam hospedados na vila das Alcáçovas, arcebispado de Évora, em casa do doutor João de Faria Pato, ouvidor e juiz dos órfãos da vila, a fim de efectuarem o conserto de um relógio e fazerem umas obras para a Irmandade Terceira do convento das freiras de São Bento, desta vila,
Acusados de "proposições heréticas" têm Auto de Fé a 19 de Março de 1747. No processo lê-se: "Abjuração de leve suspeito na fé, cárcere a arbítrio dos inquisidores, instruído nos mistérios da fé".
O primeiro é condenado a degredo de cinco anos para Castro Marim, penas e penitências espirituais e pagamento de custas. O segundo, a degredo de três anos para o bispado de Elvas.
Mas a Inquisição decreta ainda que os dois réus devem concluir os trabalhos que estavam a fazer, antes de cumprir o degredo, conforme parecer da Mesa do Santo Ofício em 09/06/1747.
in Torre do Tombo (Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 746)
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