Numa altura em que decorre em Paris uma exposição antológica sobre Amadeo Souza-Cardoso, a Tempus Internacional, representante da Omega para Portugal, recorda a edição que fez em 2008 homenageando o pintor português.
Trata-se de um modelo de Ville Chronoscope, cronógrafo automático com data, em versão de aço ou de ouro rosa, com o fundo da caixa gravado, aludindo a um pormenor da obra "Os Galgos".
Amadeo de Souza Cardoso foi um dos percursores da arte moderna em Portugal, com quadros que evocam o cubismo, o futurismo e o expressionismo. Entre 250 obras do criador português, a exposição no Grand Palais, em Paris, reúne pinturas, desenhos, gravuras, fotografias documentos e ainda uma escultura e duas máscaras africanas. Em destaque estão ainda 15 peças de outros artistas, que foram próximos de Amadeo de Souza-Cardoso, como Modigliani, Constantin Brancusi e o casal Robert e Sonia Delaunay, e 52 documentos de arquivo.
Nascido no dia 14 de Novembro de 1887, em Amarante, Amadeo de Souza-Cardoso é figura máxima no advento da arte moderna. Iniciou com 19 anos, em Paris, o contacto com Impressionismo, Expressionismo e Cubismo, os principais movimentos do século XX. Regressado dos EUA, onde participou numa exposição, volta a Portugal em 1913 e apresenta o seu trabalho, provocando uma autêntica revolução no mundo da arte portuguesa. Menosprezado no país em que lançou as mais sólidas pistas para a arte moderna, é designado por Almada Negreiros, no “Portugal Futurista” como “…a primeira Descoberta de Portugal na Europa do século XX”.
A sua morte prematura, aos 30 anos, criou dificuldades ao seu reconhecimento e seria já só a partir de 1983 que se tornaria possível o acesso real e permanente à generalidade das suas obras.
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