Sombrio e verde bosque, onde s'acolhe
Marilia, quando o Sol mais se levanta,
Onde d'Amor suspira, e d'Amor canta,
E solta os seus cabelos, e os recolhe:
Vale por onde passa, e flores colhe,
Com graça tal, qu'o mesmo Amor s'espanta,
Estes versos vos deixo nesta pranta,
Darvos outro louvor meu fado tolhe,
A verde, e namorada Primavera
Nunca jamais daqui desapareça,
Nunca vos mostre o Inverno a ira sua,
Segura pelos olmos trepe a hera,
Segura nasça a flor, e a erva creça,
Favor tenhais do Sol, favor da Lua.
Diogo Bernardes
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