Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.
Por que tão longe ir pôr o que está perto -
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.
Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
o dia, porque és ele.
Fernando Pessoa / Ricardo Reis
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Aproveitemos o dia
que nos é dado viver
e não queiramos saber
da sua periferia!
JCN
Enviar um comentário