Anúncio de 1994 à loja Louis Vuitton na Rua Augusta (arquivo Fernando Correia de Oliveira)
Há dez anos, estavamos a dar um passeio pelo Sena, num barco alugado pela Louis Vuitton, para um evento onde apresentou algumas novidades relojoeiras.
Meses antes, a Louis Vuitton inaugurava a sua loja na Avenida da Liberdade e nós escrevíamos isto para a Internacional Horas & Relógios:
Tudo começou em 1987, quando uma das mais conhecidas marcas de luxo do mundo chegou a Lisboa: a Louis Vuitton abria um pequeno espaço num hotel de luxo da capital. Curiosamente, nesse mesmo ano, a velha manufactura parisiense de malas e acessórios juntava-se com a Moet Hennessy, passando a fazer parte do que viria a ser o maior grupo de luxo – o LVMH – até hoje.
Agora, a Louis Vouitton acaba de inaugurar uma loja de dois pisos, num total de 750 metros quadrados, em plena Avenida da Liberdade. "Portugal está muito moderno e considerámos ser esta a altura ideal para a abertura desta loja. Fizemos mesmo questão de a inaugurar antes do início do Euro 2004", disse o responsável pela etiqueta a nível europeu, Eric Vallat.
“A Avenida da Liberdade é o local onde se estão a implantar muitas marcas de luxo", que estão a fazer regressar não só o comércio mas também o "glamour" ao antigo Passeio Público, afirma, por seu turno, a responsável pela Louis Vuittton em Portugal, Alda Salavisa. A antiga loja no hotel de luxo há muito que fechou, quando a marca se mudou para a Baixa, em 1988, passando a ter uma também pequena loja na Rua Augusta (uns meros 9 metros quadrados). Agora, que há este espaço moderno e amplo na Avenida, será que o antigo fechará? “Não – adianta Salavisa. Há clientes que vão querer continuar a ser atendidos de forma familiar na Rua Augusta, haverá novos clientes a captar pela Avenida”.
A Louis Vuitton conta com a clientela portuguesa, mas também com o turismo de passagem por Lisboa, cidade cada vez mais no circuito dos cruzeiros de luxo e dos destinos de curta duração mas alto potencial de consumo.
A Louis Vuitton tem 318 lojas espalhadas por 52 países, empregando um total de 10 mil funcionários. Muitas das lojas são "global stores", ou seja, comercializam todos os produtos da marca. O que não acontece neste estabelecimento. A roupa, desenhada pelo norte-americano Marc Jacobs (o director criativo da marca), ainda não tem data de chegada. Por enquanto, podem comprar-se os famosos sapatos de Jacobs, a joalharia (jóias e relógios), todas as colecções de malas que tornaram famosa a etiqueta LV e outros acessórios das colecções para homem e mulher como gravatas, cintos e carteiras.
Para os amantes de relógios, a Louis Vuitton dispõe finalmente de toda a linha Tambour, que tanto êxito tem tido nos escassos anos que leva de existência.
A marca nasceu em Paris em 1854. Comemora agora 150 anos e a inauguração de Lisboa faz parte do programa das celebrações que já teve o seu ponto alto com a inauguração de um mega-espaço na 5ª Avenida de Nova Iorque. No final do ano, para encerrar as festas, abrirá o mais importante de todos os seus espaços, nos Champs-Elysées, em Paris.
No Sena, em Novembro de 2004, com a Relações Públicas da Louis Vuitton, Jasmine Abdellatif, que casaria anos depois com o designer Philippe Starck. (arquivo Fernando Correia de Oliveira)
O que escrevemos então para a Internacional Horas & Relógios:
Louis Vuitton com modelo dedicado à vela
Tambour Regate, o novo modelo da Louis Vuitton, é lançado numa altura em que as provas para a qualificação da America’s Cup estão a começar. A casa francesa está também a comemorar 150 anos. Desde há muito associada à vela, com as suas regatas LV Cup a serem o preâmbulo da grande prova mundial da modalidade, a disputar desta vez em Valência, o malletier declina assim de forma natural o seu êxito Tambour.
Fernando Correia de Oliveira, em Paris
Um dia tipicamente outonal, de vento e céu nublado, não impediu que a Louis Vuitton procedesse, em pleno Sena, ao lançamento mundial do seu novo modelo de relógio – o LV Cup Regate, da linha Tambour.
Internacional Horas & Relógios teve oportunidade de apreciar na capital francesa o novo modelo, um relógio mecânico, de movimento automático e função “regata” (mostrador com janela para indicação de cronometragem de um período de dez minutos, dividido em dois de cinco, tão útil para quem participa em competições de vela – durante esse tempo, as embarcações podem deambular para lá da linha de partida, procurando a melhor posição. O ideal é conseguir estar sobre essa linha, sem a ultrapassar, na posição de vento desejada, quando o sinal sonoro indica que uma regata começou).
Num almoço servido a bordo do iate L’Excellence, o responsável do departamento de Relojoaria da Louis Vuitton, Albert Bensoussan, voltou a afirmar a intenção do maior grupo de luxo do mundo (LVMH) em continuar a investir no desenvolvimento da linha Tambour – depois do Turbilhão e do GMT, agora o Regata. Sobre a criação de novas linhas, para além da Tambour, referiu que isso não está, para já, nos horizontes da casa, que beneficia do facto de no LVMH estarem outras manufacturas relojoeiras como a Zenith ou a TAG-Heuer.
Garante da tradição da America’s Cup desde há mais de 20 anos, (em 1983 a companhia juntou-se à mais prestigiada prova de vela do mundo, tornando a Vuitton Cup numa competição pré-eliminatória) a Louis Vuitton será de novo o seu parceiro principal na sua próxima edição, em 2007. Regatas de eliminatória Louis Vuitton, a decorrerem desde 2004, seleccionarão quem estará presente na America’s Cup de Valência. Agora, os amantes da vela e do requinte já podem ter um relógio apropriado, este Tambour Regate, que alia a elegância da performance técnica à elegância do mundo marítimo.
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