Na edição 2010 do Salão Internacional de Alta Relojoaria (SIHH), em Janeiro, em Genebra, a IWC focou a apresentação das novidades numa nova declinação do modelo Português, o mais perene e com mais sucesso na marca na última década.
Tratava-se do Português Yacht Club Chronograph, um cronógrafo automático equipado com um calibre da manufactura, com versões em aço e ouro. A campanha de comunicação deste novo modelo deixava um pouco para trás a ligação perene que tem havido entre Portugal e a sua época de Expansão e o relógio da IWC, privilegiando-se agora mais a imagens de velejadores contemporâneos.
Durante os últimos dez anos, especialmente depois de a IWC ter sido adquirida pelo Richemont Group, em 2000, a imagem de Portugal (incluindo a bandeira nacional, mas também bússolas, portulanos e outra parafernália ligada aos Descobrimentos lusos, com a Cruz de Cristo) têm sido usados nos corners dos pontos de venda IWC - desde Nova Iorque a Shanghai, de Tóquio a Berlim. Parecia agora que a marca suíça queria despegar-se um pouco dessa atmosfera um tanto passadista...
O Português (nome por que deve ser tratada a colecção, embora haja o hábito de falar de "portuguesa", devido à influência do francês, onde relógio - montre é palavra feminina) terá nascido em 1939, quando dois importadores do norte de Portugal foram até Schaffhausen, a sede da IWC, na Suíça alemã, e encomendaram relógios de pulso grandes. A IWC satisfez o pedido, colocando calibres de relógios de bolso em caixas de 41 mm (hoje, seriam consideradas pequenas).
O êxito obtido junto do mercado português, onde a IWC está há pelo menos um século, primeiro com relógios de bolso, depois com relógios de pulso, fez a marca pensar em introduzir o Português noutros mercados.
Fundada em 1868, pelo engenheiro norte-americano e relojoeiro Florentine Ariosto Jones (1841–1916), a International Watch Company quase que desaparecia, como centenas de outras marcas, durante a crise do quartzo, nos anos 70 e 80 do século passado.
Mas, com o renovado interesse pelo relógio mecânico, a IWC sobrevive. E, em 1993, ao comemorar 125 anos, a marca decide fazer reviver o seu modelo Português. O êxito é imediato, até hoje.
Representada em grande parte da segunda metade do século XX por um importador português, a J. Borges de Freitas, do Porto, a IWC passou há seis anos a ser dirigida directamente pelo Grupo Richemont, a partir de Madrid, que aí centraliza a estratégia para a Península Ibérica.
Desde então, e até meados de 2009, a IWC tinha à sua frente, para Portugal e Espanha, um português, David Geraldes. E mantinha uma agência de comunicação em Portugal. Há cerca de um ano, Geraldes foi afastado, e deixou também de haver agência de comunicação em Portugal. A escassa comunicação que, entretanto, foi chegando ao longo do último ano, sofre de espanholismo agudo ao nível da linguagem, numa algarviada que mistura termos técnicos mal traduzidos com alusões directas à língua de Cervantes. Uma má imagem para uma marca com história em Portugal e que se quer firmar na Alta Relojoaria.
Quando parecia que o interesse da IWC no histórico mercado nacional tinha arrefecido, eis que surge a notícia - a próxima apresentação mundial do Português Yacht Club Chronograph será em Lisboa e Cascais, nos dias 13 e 14 de Setembro.
Para além do Yacht Club, serão igualmente apresentados os Português Grand Complication e Tourbillon Mystére Rétrograde. Nenhum destes relógios funciona já com mecanismos de bolso, como quando surgiu o primeiro Português, estando agora equipados com calibres de manufactura, e em caixas muito maiores, da ordem dos 44 mm.
A história da relojoaria não é milenar - ninguém sabe ao certo, mas os primeiros relógios mecânicos, de torre, terão aparecido no final do século XIII, na Europa. Mas já é suficientemente antiga para se poder reivindicar de um passado tão glorioso como o da Expansão portuguesa. A IWC, com o seu Português, faz parte dele.
O evento IWC em Lisboa e Cascais congregará centenas de convidados, vindos de todo o mundo, onde se costumam incluir alguns dos embaixadores da marca - os ex-futebolistas Zinédine Zidane e Luís Figo, o ex-tenista Boris Becker, o escritor Paulo Coelho ou o actor francês Jean Reno.
Os convidados terão a oportunidade de desfrutar de um curso de formação sobre o desenvolvimento histórico da navegação náutica e a aplicação técnica das ferramentas de navegação, incluindo relógios. Desta forma, demonstra-se a importância do tempo na navegação.
Haverá o apoio e a participação de especialistas em navegação, que ensinarão os convidados a obter e utilizar as ferramentas de navegação e, em especial, o relógio IWC Português, para chegar a um determinado ponto no mar.
As embarcações seleccionadas para o evento são iates de luxo, monocascos, com 80 pés de comprimento (25 metros). Uma equipa de lanchas seguirá os iates IWC durante estes dias, garantindo a segurança dos participantes, sendo que também serão utilizadas para o embarque e desembarque da tripulação e dos convidados.
O culminar do evento será a 14 de Setembro pelas 21:00, quando a IWC, em exclusividade com a Boutique dos Relógios Plus, organizar uma noite de gala na margem do Tejo, na zona de Belém, por excelência ligada aos Descobrimentos.
As embarcações seleccionadas para o evento são iates de luxo, monocascos, com 80 pés de comprimento (25 metros). Uma equipa de lanchas seguirá os iates IWC durante estes dias, garantindo a segurança dos participantes, sendo que também serão utilizadas para o embarque e desembarque da tripulação e dos convidados.
O culminar do evento será a 14 de Setembro pelas 21:00, quando a IWC, em exclusividade com a Boutique dos Relógios Plus, organizar uma noite de gala na margem do Tejo, na zona de Belém, por excelência ligada aos Descobrimentos.
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