Barbara Hutton, com o colar de jade
A Colecção Cartier acaba de adquirir, num leilão realizado em Hong Kong, uma peça extraordinária - um colar composto por 27 contas de jade de qualidade excepcional e tamanho fora do comum (de 15,4 a 19,2 mm).
O preço - 27,44 milhões de dólares, bateu o recorde mundial para uma peça de jade.
A origem destas contas de jade, de cor verde esmeralda de uma pureza excepcional, com formas surpreendentemente perfeitas e talhadas a partir de uma mesma pedra, continua a ser um mistério, mas é possível que tenham sido talhadas no século XVIII.
O colar aparece pela primeira vez a público em 1933, na boda de Barbara Hutton (1912-1979) com o Príncipe Alexis Mdivani, como prenda de casamento do pai da jovem noiva, Franklyn Laws Hutton. Naquela altura tinha um fecho com um diamante navette, realizado pela Cartier.
Barbara Hutton era uma apaixonada pelo jade e, seguindo o conselho de reconhecidos peritos na matéria, encarregou em 1934 a Cartier de produzir o fecho actual da jóia, de ouro amarelo, com rubis de corte calibre e diamantes de corte brilhante, realçando a cor das pedras.
Nessa mesma data encomendou à Cartier um anel de jade, rubis e diamantes, para fazer conjunto com o colar, que agora faz parte da Colecção Cartier.
Ao atingir a maioridade, Barbara Hutton, neta do fundador dos armazéns Woolworth, herdou uma das maiores fortunas dos Estados Unidos. Em pouco tempo tornou-se famosa pelo seu audaz e sofisticado gosto tantos por joalharia contemporânea como por peças históricas.
A Colecção Cartier é composta por mais de 1.500 peças e, até hoje, já foi objecto de exposições em 27 museus e instituições culturais de todo o mundo, incluindo a Fundação Gulbenkian, em Lisboa.
Foto do colar, nos arquivos Cartier
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