Mistério
Teu corpo veio a mim. Donde viera?
Que flor? Que fruto? Pétala indecisa…
Rima suave: Outono ou Primavera?
Teu corpo veio como vem a brisa…
Rosa de Maio, encastoada em luto:
O dos meus olhos e o do meu cabelo.
Um quarto para as onze! E esse minuto
Ai! Nunca, nunca mais pude esquecê-lo!
Viu-se, primeiro, o rosto e o ombro, depois.
E a mão subiu das ancas para o peito…
- Quem és? Sou teu… (Quando um e um são dois,
Dois podem ser um só cristal perfeito!)
Um quarto para as onze! Caiu neve?
Abri os olhos! Era quase dia…
Ou bater de asas, cada vez mais leve,
De pássaro na sombra que fugia?
Pedro Homem de Mello
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
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2 comentários:
Poesia e fantasia
quase sempre de mão dada
fazem boa companhia
uma à outra abotoada!
JCN
A poesia precisa
de um pouco de fantasia;
aso contrário, desliza
para uma sensaboria!
JCN
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