ADOLESCÊNCIA
(Arremedando Rilke)
Passam lentas as horas nas escolas
ouvindo prelecções aborrecidas
em cadeiras de pau sem quaisquer molas
acerca de matérias enxabidas.
Os lentes com sisuda compostura,
de cátedra falando, empertigados,
alheios aos domínios da cultura,
os alunos massacram com tratados.
Lá fora correm doce e mansamente
as águas do Mondego, sobre as quais
Coimbra se debruça... indiferente.
Há rosas nos jardins à nossa espera,
sonhos, quimeras, rubros ideais
que tão-somente são da nossa esfera!
João de Castro Nunes
domingo, 18 de março de 2012
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