Quando apareceram os primeiros relógios mecânicos, em torres de conventos, mosteiros e igrejas, serviam "apenas" para assinalar as horas canónicas, através do bater de sinos. Esses exemplares não tinham mostrador, não mostravam o tempo, antes o batiam... Quando as horas civis começaram a aparecer, em paralelo com as horas canónicas, também surgiram os primeiros mostradores - mas apenas com ponteiro das horas, tal a falta de exactidão dos mecanismos. Os ponteiros dos minutos só aparecem mais tarde e os dos segundos, neste tipo de relojoaria grossa, férrea ou de torre, só quando os mecanismos começaram a ser electrificados. Este exemplar, em Oeiras, como alguns outros que subsistem no país, tem apenas o ponteiro das horas. Geralmente, estes relógios eram acertados periodicamente pelo relojoeiro através do meio-dia solar verdadeiro lido num relógio de sol que estivesse próximo.
O que justifica que em muitas igrejas com relógio de torre, exista também um relógio de sol, normalmente de data anterior ao mecânico, mas que por falta de precisão deste, era o relógio de sol que servia de padrão.
O que justifica que em muitas igrejas com relógios de torre exista também um relógio de sol, normalmente com data anterior ao mecânico e que servia de padrão para acerto da hora.
Saiba mais aqui. Fernando Correia de Oliveira (Lisbon, 1954) is a journalist and researcher on Time, Horology and Mentality Evolution. Law degree, Law Faculty, Lisbon University. Master in History and Philosophy of Sciences, Science Faculty, Lisbon University. PhD Student at NOVA FCSH. Lisbon. Journalist since 1974. Twenty years with the Portuguese News Agency. First Portuguese correspondent in Beijing (1988-90). Ten years with PÚBLICO, the Portuguese daily reference newspaper (1993-2002). Specialized in International Politics and Asia (China, Japan, Korea). Freelance journalist and publisher since 2002, with a clear leading position on the Portuguese Watch & Jewellery specialized titles. Member of several international organizations on Time studies, expert on Time and Time Measurement history for the Portuguese Government. Founding member of the Fondation de la Haute Horlogerie´s Academia. Pro bono contributor to Ephemera, the biggest private Portuguese archive, in charge of the Horology and Gastronomy chapters. Saiba mais aqui.
4 comentários:
e que tipo de relógio é este? também gosto de saber...
LPA
Quando apareceram os primeiros relógios mecânicos, em torres de conventos, mosteiros e igrejas, serviam "apenas" para assinalar as horas canónicas, através do bater de sinos. Esses exemplares não tinham mostrador, não mostravam o tempo, antes o batiam... Quando as horas civis começaram a aparecer, em paralelo com as horas canónicas, também surgiram os primeiros mostradores - mas apenas com ponteiro das horas, tal a falta de exactidão dos mecanismos. Os ponteiros dos minutos só aparecem mais tarde e os dos segundos, neste tipo de relojoaria grossa, férrea ou de torre, só quando os mecanismos começaram a ser electrificados. Este exemplar, em Oeiras, como alguns outros que subsistem no país, tem apenas o ponteiro das horas. Geralmente, estes relógios eram acertados periodicamente pelo relojoeiro através do meio-dia solar verdadeiro lido num relógio de sol que estivesse próximo.
O que justifica que em muitas igrejas com relógio de torre, exista também um relógio de sol, normalmente de data anterior ao mecânico, mas que por falta de precisão deste, era o relógio de sol que servia de padrão.
O que justifica que em muitas igrejas com relógios de torre exista também um relógio de sol, normalmente com data anterior ao mecânico e que servia de padrão para acerto da hora.
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