sábado, 3 de dezembro de 2016
Anuário Relógios & Canetas Dezembro - Editorial
Já está disponível a edição de Dezembro do Relógios & Canetas online. Aceda a ela aqui ou aqui, e tenha acesso à maior plataforma de relojoaria, joalharia, instrumentos de escrita e luxo em língua portuguesa.
Editorial:
Longa vida ao relógio mecânico!
O nosso “irmão mais velho”, a edição offline do Anuário Relógios & Canetas, está a comemorar 20 anos de existência, sendo o mais antigo título português no seu sector. A edição 2017 faz o balanço de 2 décadas de importação de relógios no mercado nacional. Portugal é um país que devora relógios – segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, de 1995 a 2015, importaram-se 89.132.310!
Destes mais de 89 milhões de relógios, a esmagadora maioria é de quartzo, mas calcula-se que cerca de 10 por cento serão mecânicos – 8,9 milhões, uma média de quase 450 mil dessas peças por ano.
Como faz notar o jornalista norte-americano Keith Strandberg, um dos especialistas que ouvimos na edição 2017 do Anuário, neste sector, nas últimas duas décadas, a principal mudança tecnológica foi o regresso do quartzo para o mecânico, apesar das vantagens do primeiro.
“Não consigo lembrar-me de outra tecnologia ‘ultrapassada’ que tenha sobrevivido face aos avanços tecnológicos”, diz ele. “Já ninguém usa actualmente um Walkman, toda a gente mudou para as vantagens do mp3 e do smart phone. No entanto, os fabricantes de relógios foram inteligentes – actualizaram a sua tecnologia sem perderem a alma do relógio mecânico. Não tentaram competir directamente com o quartzo, indo num caminho completamente oposto, numa alternativa à precisão e à fiabilidade do quartzo”.
Na sua visão optimista, o mundo irá sofrer dentro em breve de cansaço do conectado, e os relógios conectados serão decerto dos primeiros a sofrer com isso. A indústria relojoeira oferece um contra-ponto à electrónica e ao conectado que as pessoas continuarão a valorizar, prevê.
Nesta encruzilhada histórica – onde a incerteza dos tempos impera – prever o futuro é impossível. Daqui a 20 anos, onde estará o relógio de pulso mecânico – continuará no pulso de minorias aspiracionais, sofisticadas e apreciadoras de Património, ou estará relegado a peça curiosa, de museu?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário