[...] O Outono trazia-lhe tristeza. Acabrunhava-o, tresloucava-o até ao delírio. Era a estação do retorno. Secavam-se as plantas, calavam-se as aves alegres. Os poentes patinavam a paisagem de sangue. O frio corria o corpo e a alma. Doia-lhe o Outono como se, com a natureza, voltasse a repetir-se o seu destino de desgraça. [...]
Alberto Lopes, Fogo!, in revista Colóquio, Dezembro de 1963
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
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