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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Relógios & Canetas online Julho - Editorial - O vintage continua a mexer-se


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Editorial

O vintage continua a mexer-se

“Um relógio de luxo que toda a gente pode comprar deixa de ser um relógio de luxo”. A frase é de Florian Serex, CEO da marca de nicho Arnold & Son. Ela reflecte bem a questão do que é luxo e da contradição inconciliável em que vive neste mundo massificado e globalizado – quanto maior o sucesso das marcas de luxo, mais de afastam do seu estatuto de luxo…

Duas tendências têm, nos últimos anos, saído reforçadas, no segmento de luxo, quando se procura a verdadeira exclusividade: a procura de peças vintage, sobretudo se tiverem história que as acompanhe; a procura de artigos restauráveis, reparáveis, cuja perenidade esteja assegurada, e que possam ser passados a futuras gerações. A relojoaria mecânica, sobretudo a dos anos 1940 a 1960, está na moda. E o mercado de segunda-mão, como já aqui referimos em editorial recente, explodiu, fazendo com que marcas contemporâneas, propriedade de grandes grupos de luxo, se iniciem directamente no mercado de usados. Uma consciência ambiental cada vez mais forte tem ajudado a esse amor pelo vintage (sem pilhas, seu uso de matérias-primas novas, seguindo o princípio “verde” da reciclagem).

O Grupo Richemonte, o maior em termos de Alta Relojoaria (tem na sua lista marcas como Cartier, Vacheron Constant, Van Cleef & Arpels, A. Lange & Sohne ou Piaget) acaba de anunciar a aquisição da Watchfinder, uma plataforma com base no Reino Unido para a compra e venda online de relógios usados. A Watchfinder tem a vantagem de incluir um centro de assistência, com relojoeiros qualificados, que garantem a manutenção e reparação das peças que lhe passam pelas mãos.

Com um volume de vendas a rondar os 100 milhões de vendas anuais e empregando 200 pessoas, o Watchfinder tem online, a qualquer momento, cerca de 4 mil relógios, de meia centena de marcas de prestígio. O seu principal concorrente será a alemã Chrono 24 (oferta de 375 mil relógios usados, em 98 países, e mais de mil milhões de euros de volume de negócios anual). A norte-americana WatchBox, a crescer rapidamente (volume de negócios de 200 milhões de euros), acaba de abrir uma divisão na Suíça, sofrer uma injecção de capital de um fundo de Singapura e anunciado uma parceria com a Revolution Media, que congrega títulos especializados em relojoaria.

É o vintage à conquista dos millennials…

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