[...] Mas é igualmente verdade que o homem moderno deixou de ter aquele que se poderia definir como uma boa relação com o tempo. Os nossos estilos de vida parecem irremediavelmente contaminados por uma pressão fora de controlo, sempre na perseguição de metas a alcançar no mais breve tempo possível, ao ponto de que até os sentimentos se arriscam a revelar-se um desperdício de tempo. E ninguém tem hoje tempo "a perder". Vinte e quatro horas ligados, sem mais distinção entre tempo de trabalho e tempo dos afetos ou das férias, vivemos, perenemente controlados, numa espécie de "open space", privado de paredes e margens, os dias divididos pela agenda e a ansiedade de se sentir, desde o acordar, constantemente atrasado.
Maria Teresa Pontara Pederiva
quinta-feira, 26 de julho de 2018
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