Se o tempo presente representa algo a gerir, e não um tirano a quem responder, tornar-se-á experiência normal dar-se conta de que já não estamos sós, indivíduos numa selva de estranhos em competição. Empregar o próprio tempo na "com-paixão", na escuta do outro, na partilha de um momento de alegria que "irrompe na nossa vida quando aceitamos construir a existência como prática de hospitalidade" é já dizer-nos a caminho da felicidade. Não aquela efémera da publicidade ou do dia a dia, afogada no fim de contas na procura de uma visibilidade sem a qual acreditamos que não podemos existir, mas aquela humilde e duradoura que, distante da inveja para com a (presumida) fortuna do próximo, nos liga intimamente ao bem.
Prontos também para o tempo da dor e da separação, que chega para todos, ninguém excluído. Mas se preparados, nada nos poderá abater, convicto de que "à beira do fim, há sempre muito que começa".
Maria Teresa Pontara Pederiva
domingo, 29 de julho de 2018
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