O que terão em comum Karl Friedrich Benz (1844 - 1929), Gottlieb Wilhelm Daimler (1834 - 1900), Wilhelm Maybach (1846 - 1929), Rudolf Christian Karl Diesel (1858 - 1913), Hans Theodor Holzwarth (1877 - 1953), Ferdinand Adolf Heinrich August Graf von Zeppelin (1838 - 1917), Robert Bosch (1861 - 1942), Paul Landenberger (1848 - 1939), Erhard Junghans (1823 - 1870) e Arthur Junghans (1852 - 1920)?
Todos eles, empresários e inventores, são responsáveis pela industrialização alemã do final do século XIX e início do século XX. Muito baseada no Estado de Baden-Württemberg, na sua capital, Estugarda, mas também na sua pequena localidade de Schramberg, onde em 1861 Erhard Junghans iria fundar uma fábrica de relojoaria. Em 1903, já sob a direcção de um filho, Arthur Junghans, a empresa era a maior fábrica de relógios do mundo.
A família Junghans privou nesses tempos com Benz, Daimler, Maybach, Diesel, Holzwarth (o menos conhecido, inventor da primeira turbina a gás), von Zeppelin, Bosch... As elites confraternizavam, experimentavam as respectivas invenções, compravam-nas, casavam entre si.
Busto de Arthur Junghans, no museu da cidade de Schramberg
Em 1908, Arthur Junghans, um dos primeiros entusiastas da nova forma de locomoção, decide iniciar a produção de relógios de tablier, fruto da convivência em Schramberg, com o conterrâneo Hanz Holzwarth, o conde von Zeppelin, Daimler, Maybach (compra a estes últimos um dos seus primeiros protótipos), Bosch...
Estivemos por estes dias em Schramberg, a convite dos relógios Junghans (veja aqui) e aproveitámos para visitar alguns museus da pequena cidade da Floresta Negra, que reflectem o peso que a família Junghans, a indústria relojoeira e o amor pelos automóveis sempre tiveram na zona.
Um dos polos mais interessantes é o Museu do Relógio e do Automóvel, que inclui ainda um outro, dedicado a Diesel.
Um portefólio dessa visita:
Paul Landenberger, fundador da Hamburg American Clock Company, instalada também em Schranmberg, casou com Frida Junghans. A HACC fundiu-se posteriormente com a Junghans
Relógio de ponto Junghans
A francesa Leon Hatot foi pioneira na técnica alemã de relógios controlados por sinal rádio, depois continuada, até hoje, pela Junghans
Festa de trabalhadores da Junghans, em 1929
A Junghans foi cronometrista oficial dos Jogos Olímpicos de Berlim, de 1936 (em pleno regime nazi) e dos Jogos Olípicos de Munique, de 1972 (tristemente célebres pelo rapto e massacre de atletas israelitas e ainda com uma Alemanha dividida)
A secção do museu dedicada aos veículos motorizados
O Zündapp Janus inspira-se no deus de duas caras - o passageiro vai de costas para o condutor...
A Junghans apoia a manutenção de muitos dos carros do museu e eventos de clássicos que ocorrem regularmente na Alemanha e nos países vizinhos
O museu inclui uma secção de veículos de bombeiros, bem como uma das maiores colecções mundiais de miniaturas desse tipo de carros
Relógios Junghans contemporâneos expostos à entrada do museu
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