Mundo
Na manhã nua e branca do terraço
Em vão busquei meu pranto e minha sombra
O perfume do oregão habita rente ao muro
Conivente da seda e da serpente.
A luz me liga ao mar como a meu rosto
Nem a linha das águas me divide.
Atravessou meu coração de gruta
Rouco de silêncio e roxa treva.
No meio-dia da praia o sol dá-me
Pupilas de água mãos de areia pura.
Este é o reino directo e matinal
Do visível igual ao imaginado.
Sophia de Mello Breyner Andresen
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
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1 comentário:
Poesia é sentimento
que não dá para entender,
fácil não sendo saber
como chega ao pensamento!
JCN
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