sábado, 31 de outubro de 2009
Pista da semana - Cromeleques
Quando e como começaram os homens e mulheres que habitaram o território a que hoje chamamos Portugal a “pensar” o Tempo, a ter dele consciência, a medi-lo?
Terá sido no Neolítico final e começos da Idade do Cobre (3000-2500 a.C.) que surge a magnífica, exuberante, misteriosa cultura megalítica – esse grande arco que terá por cenário praticamente a totalidade dos territórios a que hoje designamos por Portugal, Espanha, França, Irlanda, Dinamarca, Grã-Bretanha e Alemanha.
Aos nossos dias, além de milhares de placas de xisto gravadas (e de que não se sabe exactamente a finalidade, podendo ser amuletos votivos à fertilidade, a história de clãs através das suas linhagens, ou outra coisa qualquer) chegaram conjuntos monumentais, pedras enormes, também elas por vezes gravadas, colocadas umas sobre as outras, umas ao lado das outras, mas especialmente orientadas – antas ou dólmenes, menires, cromeleques, que os especialistas associam a espaços sagrados, a monumentos funerários, mas também à surpreendente função de marcadores do tempo.
Portugal é especialmente rico nesses conjuntos, nomeadamente no Alto Alentejo, na Beira Baixa, no Minho. Os cromeleques (conjuntos de menires) de Vale de El-Rei ou Fontaínhas Velhas (Móra), dos Cuncos (Montemor-o-Novo), Couto da Espanhola (Idanha-a-Nova), Portela de Mogos ou Almendres (Évora), de Xarez (Reguengos de Monsaraz) são disso esplêndidos exemplos, estudados na sua orientação e função.
O cromeleque de Xarez foi agora sacrificado à barragem do Alqueva. Mas, antes que as águas o tapassem, mereceu uma monografia – Das Pedras do Xarez às Novas Terras da Luz, coordenação de António Carlos Silva. É dela que passamos a citar: “A necessidade de registar a regularidade do tempo conduziu à construção de calendários, pelo que monumentos semelhantes aos do Xarez têm vindo a ser interpretados, não sem numerosas dúvidas, como santuários-observatórios, com propósitos astronómicos”.
“Em abono desta tese há muito que se verificou a orientação de diversas construções. A direcção para o quadrante de sudeste da entrada dos corredores da maioria dos dólmenes do Alto Alentejo, repetida durante séculos, confirma, pelo menos, alguns preceitos rituais fortemente radicados e conotados com conhecimentos de uma antiga, e talvez incipiente, astronomia”, diz-se.
Mas o que mais surpreende os especialistas é que essa orientação se repete, durante aproximadamente dois milénios, em todo esse arco de cultura megalítica, das planícies hoje alentejanas às montanhas hoje britânicas. Os monumentos megalíticos estão todos dirigidos para o quadrante situado entre nordeste e sudeste, ou seja, para os pontos de amplitude máxima e mínima do nascer do Sol ao longo do ano.
As localizações dos cromeleques sugerem desde logo o conhecimento da orientação solar, ou seja, das direcções equinociais e solsticiais, cujos azimutes podiam ser medidos através de linhas virtuais que ligavam determinados pontos do cromeleque, como o seu centro, a relevos evidentes da paisagem envolvente.
É que, para além dos monumentos megalíticos, alguns afloramentos rochosos, certos acidentes naturais, localizados no horizonte visual ou próximos dos recintos preparados pela acção humana, podem ter estado com eles relacionados, sendo capazes de definirem azimutes, indicadores dos movimentos astrais e da sucessão do tempo. São mais comuns aqueles que ajudam a prever os pontos onde nasce e se põe o Sol durante os equinócios (21 de Março e 21 de Setembro) e os solstícios, de Verão (21 de Junho) ou de Inverno (21 de Dezembro).
Segundo a monografia citada, no solstício de Verão, à latitude em que se encontra o cromeleque do Xarez, o Sol nasceria a, aproximadamente, 59 graus, por detrás de um outeiro com 139 metros de cota, e desapareceria no horizonte aos 301 graus, atrás de um relevo com 202 metros de altura. No solstício de Inverno, aquele movimento situava-se entre as amplitudes máximas de 121 graus e 239 graus, ambas também assinaladas por relevos bem evidentes nas linhas do horizonte. Durante os equinócios o Sol nasceria por detrás de um pequeno outeiro, com 160 metros de cota, situado 1250 metros a nascente do monumento.
Não é difícil imaginar toda uma linguagem, teatralizada, desempenhada por alguns “eleitos”, uma casta de sacerdotes, com direito a penetrar o espaço sagrado delimitado pelo conjunto de pedras. Casta essa que sabia a data exacta, a hora exacta, ano após ano, do espectáculo solar, num calendário que marcaria os ritmos, muito para além dos agrícolas. Calendários, sempre foram instrumentos de poder, de quem tem o poder.
“A construção de monumentos megalíticos é resultante de programas complexos e específicos, integrados nas manifestações de carácter sócio-religioso das comunidades neolíticas”, diz-se na monografia. “Eles terão sido planeados, tal como as sementeiras, o pastoreio ou a gestão dos recursos em geral”.
Temos pois que, os primeiros calendários “portugueses”, ainda e sempre prontos a funcionar, a indicar equinócios e solstícios, datam de há cinco mil anos.
A chamada “cultura castreja” que se seguiu (700 a.C.), a dos povos celtas que entretanto foram invadindo o território, apenas terá continuado a utilização sócio-religiosa e de instrumento astronómico-astrológico-calendário destes conjuntos megalíticos.
Trata-se do monumento megalítico mais importante de toda a Península Ibérica, não só devido à sua dimensão, mas também, devido ao seu estado de conservação. É também considerado um dos mais importantes da Europa.
Para saber mais: História do Tempo em Portugal - Elementos para uma História do Tempo, da Relojoaria e das Mentalidades em Portugal (2003)
Meditações - tempo de filósofos
Não existe um tempo dos filósofos; existe apenas um tempo psicológico diferente do tempo dos físicos.
Albert Einstein (1879 - 1955)
Albert Einstein (1879 - 1955)
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Chegado ao mercado
Dénis Asch toma o pulso à situação no Médio Oriente

Está tudo na newsletter de Outubro de L'Heure AscH, que aqui lhe trazemos. Denis Asch tem falado mensalmente com especialistas das várias regiões do globo, tomando o pulso à situação, numa rede de que Estação Cronográfica faz parte. Para saber mais, pode ir aqui.
Boutique dos Relógios Plus Amoreiras com exposição de Grisogono
Trata-se de um conjunto de 75 peças topo de gama, representativo da marca genebrina, fundada em 1993 por Fawaz Gruosi.
"A de Grisogno é actualmente uma das marcas de excelência na Joalharia e Relojoaria de Luxo", disse a Estação Cronográfica o Director-Geral das Boutiques dos Relógios Plus, António Pinheiro. "A sua característica distintiva é a ousadia e irreverência. A utilização dos melhores materiais e pedras preciosas, como o Diamante Negro, lançaram a marca ao mais alto patamar de exclusividade e luxo".
A de Grisogono tem forte presença nos principais eventos de Moda, festivais cinematográficos, cerimónia de Entrega de Prémios da Academia e todos os acontecimentos exclusivos da alta sociedade onde o luxo impera. Estrelas como Charlize Theron, Demi Moore, Elisabeth Hurley, Liz Taylor, Naomi Campbell, Alicia Keys, Monica Belucci e Beyoncé são algumas das celebridades que usam de Grisogono.


Cartier promove Mulheres com Iniciativa



As candidaturas para a edição de 2010 abrem a 10 de Novembro e fecham a 10 de Março do próximo ano. Podem apresentar-se aqui.
Longines continua a usar imagem de Agassi

Pois a Longines, através de Nick Hayek, Presidente do Swatch Group, a que a marca pertence, já veio dizer: "Temos um contrato com um ser humano, e não com uma imagem. Ele cometeu um erro, há muito tempo, e arrependeu-se disso. Quem é que nunca errou? Tendo em vista tudo o que ele fez de positivo nos últimos anos, esse erro tem para nós pouca importância".
O casal André Agassi/Steffi Graf tem-se empenhado nos últimos anos em acções humanitárias. Um contrato de imagem que o casal tinha com a Louis Vuitton terminou em 2007 e a casa parisiense não quis, por isso, pronunciar-se sobre a polémica actual.
Meditações - todos temos tempo
A única coisa que verdadeiramente nos pertence é o tempo: até mesmo aquele que não tem nada o possui.
Baltasar Gracián y Morales (1601 — 1658), escritor espanhol
Baltasar Gracián y Morales (1601 — 1658), escritor espanhol
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Chegado ao mercado
SIHH 2010 em antecipação: Panerai equipa Radiomir com novo calibre


Alguns números - que mil posts floresçam!

Historiques American 1921 da Vacheron Constantin ganha prémio Relógio do Ano da revista “Montres Passion"

O prémio é atribuído através da votação de um juri composto por profissionais do sector da Relojoaria. Mais pormenores podem ser vistos aqui.
Manuel dos Santos com exposição Breitling

Nesta exposição poderá conhecer a colecção da marca relojoeira Suíça, e admirar algumas peças limitadas, como a edição comemorativa dos 125 anos da manufactura.
China: o Luxo resiste à crise e Ásia será principal mercado dentro de pouco tempo

As vendas mundiais do segmento Luxo deverão diminuir este ano na ordem dos 8 por cento, mas a quebra será mais acentuada nos Estados Unidos (16%) e no Japão (10%).
A China continua em contra-corrente e albergou nos últimos 12 meses 15% da abertura de novas boutiques de luxo no mundo.
Por outro lado, os consumidores asiáticos continuam a alimentar as vendas em 2009 e permanecem muito fiéis às marcas, sublinha o estudo. Se a progressão na China e na Ásia Central e do Sul, o continente asiático deverá ultrapassar a Europa e a América (Norte e Sul) e tornar-se no primeiro mercado regional do Luxo.
Baselworld 2010: para além da Relojoaria, os Diamantes

From March 18 to 25, 2010, diamonds will be in the limelight again at BASELWORLD. More than 200 leading companies from the diamond industry will be presenting their latest products to the 90,000 visitors and the watch and jewellery manufacturers. The World Watch and Jewellery Show constitutes a fixed date in the diamond expert's diary – a showcase for the world.
In 2010, BASELWORLD will once again be the rendezvous for the international diamond trade. The diamond and precious stones sector is acquiring increased importance alongside the watch and jewellery industries. On the exhibitor side, the world's leading diamond traders will be present in Basel: more than 200 companies are listed as diamond suppliers at the World Watch and Jewellery Show. On the buyers' side, it will not only be the visitors from all over the world but also the watch and jewellery brands on display at the show that have the greatest impact on demand for diamonds. Every year, BASELWORLD reflects the market situation prevailing all over the globe, permitting market-driven pricing for precious stones and diamonds of all sizes and colours.
Valuable visitor contacts in Basel
The exhibitors particularly emphasise the quality of the diamond buyers. “Of all the trade shows, BASELWORLD claims the most international visitor profile. It provides us with a balanced worldwide view of the market,” says Peter Martin of Pluczenik Diamond Company in Antwerp. “We gain insight into the views of customers from Asia, the Middle East, Japan, Europe and still a lot of U.S. clients as well. It is unquestionably the best show for opportunities to make new contacts. At Basel, you have to be there; the walk-ins are better than any other show.”
Anna Chapovskaya from Taché Diamonds in Antwerp says: "We attend important sales shows in Asia and India, but BASELWORLD is a vital show for maintaining and creating contacts all over the world."
Platform for Market Introductions
BASELWORLD's significance as an international rendezvous means that the show remains the preferred platform for launching new products on the world market. Comprehensive reporting in the media is assured by the 3000 accredited journalists from specialist journals, popular magazines and the daily media. “We have chosen BASELWORLD as the place to launch our parnerships with FRED and Chaumet in recent years,” says Peter Martin of Pluczenik. He also stresses just what an important date in the year the show is: “The timing of the show is perfect for launches. The year is beginning, past collections have had their run-through and visitors are looking for something new. We are also able to reach the widest range of journalists – both geographically and by audience – of any other trade show.”
Netta E’dan-Harel of the Rachminov Group in Ramat-Gan says: “BASELWORLD is a great venue for product launches, but for basic programs as well. Buyers come from around the world, so it’s a good venue to receive client feedback on soon-to-be launched new product. Our existing clientele visits us every year at the show.”
Trends at all Levels
BASELWORLD has traditionally been a key venue for big or unusual diamonds which attract an international clientele on the lookout for special precious stones. More modest stones are also on display, however, giving buyers the opportunity to be the first to see new products and to supplement their inventory at all the different levels.
Ephram Zion of Dehres Ltd. in Hong Kong, explains: “If you want to showcase something special, BASELWORLD is a great stage; it’s possible to create a lot of buzz.” His company is planning to exhibit an exceptionally large, flawless diamond this year. “But even for regular goods it is important, especially if you have a particular program you want to promote.” The importance of the world show in respect of industry know-how is appreciated by both visitors and exhibitors alike. Ephram Zion confirms this: “Not only is it the perfect venue to create and cement relationships, it is an important place to see the latest developments in design, trends and products on an international level.”
Anna Chapovskaya of Taché adds: “BASELWORLD is mainly a watch and jewellery fair; we are manufactures of loose diamonds – raw material for watches and jewellery, so to speak. So our level of ‘judging’ the show extends to the fact that it helps us to stay in touch with the luxury industry."
Avi Paz, President of the World Federation of Diamond Bourses and President of the Israel Diamond Exchange, agrees with this: “BASELWORLD is by all means one of the most important diamond and Jewellery fairs in the world, and it is the most important one in Europe. It has a very strong impact on the diamond industry worldwide both in regular times and especially in times such as we are facing nowadays in the international economy."
In 2010, BASELWORLD will once again be the rendezvous for the international diamond trade. The diamond and precious stones sector is acquiring increased importance alongside the watch and jewellery industries. On the exhibitor side, the world's leading diamond traders will be present in Basel: more than 200 companies are listed as diamond suppliers at the World Watch and Jewellery Show. On the buyers' side, it will not only be the visitors from all over the world but also the watch and jewellery brands on display at the show that have the greatest impact on demand for diamonds. Every year, BASELWORLD reflects the market situation prevailing all over the globe, permitting market-driven pricing for precious stones and diamonds of all sizes and colours.
Valuable visitor contacts in Basel
The exhibitors particularly emphasise the quality of the diamond buyers. “Of all the trade shows, BASELWORLD claims the most international visitor profile. It provides us with a balanced worldwide view of the market,” says Peter Martin of Pluczenik Diamond Company in Antwerp. “We gain insight into the views of customers from Asia, the Middle East, Japan, Europe and still a lot of U.S. clients as well. It is unquestionably the best show for opportunities to make new contacts. At Basel, you have to be there; the walk-ins are better than any other show.”
Anna Chapovskaya from Taché Diamonds in Antwerp says: "We attend important sales shows in Asia and India, but BASELWORLD is a vital show for maintaining and creating contacts all over the world."
Platform for Market Introductions
BASELWORLD's significance as an international rendezvous means that the show remains the preferred platform for launching new products on the world market. Comprehensive reporting in the media is assured by the 3000 accredited journalists from specialist journals, popular magazines and the daily media. “We have chosen BASELWORLD as the place to launch our parnerships with FRED and Chaumet in recent years,” says Peter Martin of Pluczenik. He also stresses just what an important date in the year the show is: “The timing of the show is perfect for launches. The year is beginning, past collections have had their run-through and visitors are looking for something new. We are also able to reach the widest range of journalists – both geographically and by audience – of any other trade show.”
Netta E’dan-Harel of the Rachminov Group in Ramat-Gan says: “BASELWORLD is a great venue for product launches, but for basic programs as well. Buyers come from around the world, so it’s a good venue to receive client feedback on soon-to-be launched new product. Our existing clientele visits us every year at the show.”
Trends at all Levels
BASELWORLD has traditionally been a key venue for big or unusual diamonds which attract an international clientele on the lookout for special precious stones. More modest stones are also on display, however, giving buyers the opportunity to be the first to see new products and to supplement their inventory at all the different levels.
Ephram Zion of Dehres Ltd. in Hong Kong, explains: “If you want to showcase something special, BASELWORLD is a great stage; it’s possible to create a lot of buzz.” His company is planning to exhibit an exceptionally large, flawless diamond this year. “But even for regular goods it is important, especially if you have a particular program you want to promote.” The importance of the world show in respect of industry know-how is appreciated by both visitors and exhibitors alike. Ephram Zion confirms this: “Not only is it the perfect venue to create and cement relationships, it is an important place to see the latest developments in design, trends and products on an international level.”
Anna Chapovskaya of Taché adds: “BASELWORLD is mainly a watch and jewellery fair; we are manufactures of loose diamonds – raw material for watches and jewellery, so to speak. So our level of ‘judging’ the show extends to the fact that it helps us to stay in touch with the luxury industry."
Avi Paz, President of the World Federation of Diamond Bourses and President of the Israel Diamond Exchange, agrees with this: “BASELWORLD is by all means one of the most important diamond and Jewellery fairs in the world, and it is the most important one in Europe. It has a very strong impact on the diamond industry worldwide both in regular times and especially in times such as we are facing nowadays in the international economy."
Meditações - tempo e ciência
O que não é mensurável não pode ser objecto da ciência. Ora, o tempo mensurável é também essencialmente relativo. Se todos os fenómenos se atrasassem, e se se registasse um atraso análogo nos nossos relógios, nem sequer o notaríamos, fosse qual fosse a lei deste atraso, contanto que fosse a mesma para todos os fenómenos e todos os relógios. As propriedades do tempo são, pois, unicamente as propriedades dos relógios, assim como as propriedades do espaço são as dos instrumentos de medida.
Jules Henri Poincaré (1854 — 1912), matemático e filósofo francês
Jules Henri Poincaré (1854 — 1912), matemático e filósofo francês
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Chegado ao mercado
Hublot com novo site


Jorg Hysek "parte a loiça": A relojoaria dos últimos anos está morta e enterrada

Entrevista conduzida por Florence Noel:
Les stands de Baselworld ont beau être flamboyants, la crise est bel et bien là. Et elle touche plus que jamais l’ensemble des segments de l’industrie horlogère, très haut de gamme compris. En témoigne HD3 Complication, la célèbre marque de Haute Horlogerie confidentielle créée par le designer Jorg Hysek en association avec Fabrice Gonet et Valérie Ursenbacher. Après avoir fait salon à Genève en marge du SIHH 2009, les trois créateurs ont décidé d’investir Bâle pour la première fois depuis leur création il y a 5 ans. Entretien.
Pourquoi exposez-vous en marge de Baselworld cette année ?
Jorg Hysek : Pour soutenir nos clients. Je veux parler des détaillants et des distributeurs. A Genève, en janvier dernier, l’insécurité était manifeste. Il faut désormais les rassurer.
La crise aurait-elle ralenti depuis janvier dernier ?
Non, mais la situation est aujourd’hui bien différente : nous savons depuis un certain temps que les marchés, en particulier les Etats-Unis, sont très mauvais. Cette réalité nous pousse à nous remettre en question et à chercher à développer de nouveaux marchés et de nouvelles stratégies.
Quelles sont-elles ?
Nous travaillons sur deux axes : la relation avec nos clients et la créativité. En étant à l’écoute des consommateurs, nous pouvons nous adapter aux changements de comportements et leur proposer des produits qui les touchent vraiment. L’horlogerie de ces dernières années est morte et enterrée. Aujourd’hui, les amateurs de Haute Horlogerie se distancent du « show off ». Le luxe est en quelque sorte un signe de mauvais goût.
Sur quelles valeurs misez-vous désormais ?
Les vraies valeurs ! Celles qui sont liées à la création, au design. Dans chaque cycle de crise, on observe un retour au design. Les valeurs industrielles deviennent secondaires. Les consommateurs veulent de la qualité, de la sobriété et de l’inventivité à un prix juste.
Vos garde-temps ont pourtant des prix très élevés…Allez-vous diminuer vos marges ?
Nous produisons en très petites quantités, nos prix ne sont donc pas artificiels. Dans notre segment, le grand défi ne se trouve pas dans les prix. Il se situe dans la capacité à créer.
Vous présentez à Bâle deux nouveautés. Vous ne souffrez donc pas du tout de la crise ?
L’ensemble de l’industrie horlogère subit une baisse de chiffre d’affaires, y compris les marques confidentielles comme HD3. Reste que nous bénéficions d’une structure très petite, qui nous permet d’avoir une bonne réactivité afin d’adapter nos coûts. Cette année, nous ne produirons enfin les modèles que nous présentons qu’après une commande ferme. C’est un filet de sécurité désormais indispensable dans cette nouvelle réalité économique. ■
Meditações - contemporaneidade
Não podemos atribuir nenhum significado absoluto ao conceito de contemporaneidade, antes pelo contrário: dois acontecimentos que, vistos de um sistema de coordenadas, são conteporâneos, vistos de um sistema em movimento relativamente ao primeiro, já não são acontecimentos contemporâneos.
Albert Einstein (1879 - 1955)
Albert Einstein (1879 - 1955)
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Em primeira mão - Pulsion, da Confrérie Horlogère

Subscrever:
Mensagens (Atom)