Meridiana do Palácio da Pena (restaurada numa acção de mecenato, da Tissot, foi entretanto retirada para o interior
Meridiana do Palácio de Queluz, ou que resta dela, instalada no jardim
Meridiana do Paço da Rainha (Academia Militar), ou o que resta dela, num varandim
Ao referir relógios de sol, muitas vezes se referem “quadrantes solares”, tomando a parte pelo todo, já que o “mostrador” de um relógio de sol tem o nome específico de quadrante.
Além disso, emprega-se muitas vezes o vocábulo “meridiana” para indicar indiferenciadamente relógios de sol. No entanto, uma meridiana, no sentido exacto do termo, é um relógio de sol que tem por função marcar apenas o momento do zénite solar num determinado local, e está normalmente associado a um mecanismo sonoro (geralmente um pequeno canhão) que entra em acção exactamente ao meio-dia solar (o chamado tempo verdadeiro).
Meridianas, em Portugal, historicamente, estão detectadas pelo menos cinco, todas em palácios que já foram residências reais. A do Palácio Nacional da Ajuda (Latitude 38º 44’ N – Longitude 9º 9’ W); a do Palácio Nacional de Mafra (Latitude 38º 56’ N – Longitude 9º 20´W); a do Paço da Rainha, Academia Militar, Lisboa (Latitude 38º 44’ N – Longitude 9º 9’ W); a do Palácio Nacional de Queluz (Latitude 38º 45’ N – longitude 9º 15’ W); e a do Palácio Nacional de Sintra (Latitude 38º 48’ N – Longitude 9º 23 E).
Mas nenhuma desempenha hoje as funções para que foi instalada. Algumas, estão já incompletas, vítimas de vandalismo (Paço da Rainha, Paço de Queluz). A da Pena, saiu do varandim onde primitivamente esteve, e está agora no interior, depois de ter sido restaurada. É aliás o exemplar mais completo.
As pistas desta semana são, pois, os jardins do Palácio de Queluz (para ver se descobre os restos da meridiana) e o Palácio da Pena (onde ainda se encontra a mais bela delas).
Para saber mais: História do Tempo em Portugal - Elementos para uma História do Tempo, da Relojoaria e das Mentalidades em Portugal (2003)
Sem comentários:
Enviar um comentário