Calendários são instrumentos de poder - religioso, político, económico. Quem detém o poder, tem um calendário à sua medida. Era pelo menos assim até à laicização quase completa da sociedade ocidental, que com isso impôs, ironicamente, o seu calendário "cristão" a praticamente todo o globo.
Surge agora um filme, "2012", transpondo nele mais uma teoria milenarista, baseada no calendário Maia. Ironia do destino, os Maias acabaram desgraçadamente como povo, como civilização, meio milénio antes do "fim do mundo" que o seu calendário decretaria. Porque é que os Maias não conseguiram adivinhar o seu próprio "fim do mundo", mas previram o nosso?
O Professor Nuno Crato, Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, versou o tema na sua habitual crónica "Passeio Aleatório", no Expresso de sábado, 14 de Novembro. Vale a pena ler aqui.
Mas também pode ler o que escreve o cientista Dennis Overby, no The New York Times, aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário