O relacionamento com o tempo nunca é apenas um assunto de vontade. Se eu tenho um relacionamento caótico com o meu tempo, isso tem, na maioria das vezes, causas mais profundas. Torna-se assim conveniente analisar o meu relacionamento com o tempo no estudo da consciência. Não se trata de uma consciência pesada, nem do facto de eu dever fazer melhor. Pelo contrário, trata-se de descobrir porque não consigo organizar o meu tempo como eu gostaria. Tudo o que acontece no exterior tem uma causa interior. Tirar tempo para reflectir sobre o meu relacionamento com o tempo é, em última análise, mais eficaz do que lhe resistir apenas superficialmente e reagir apenas com a disciplina do tempo. A disciplina não servirá de nada, se não estiver relacionada com um sincero autoconhecimento. A palavra disciplina provém de "dis-capere": agarrar na mão. Só posso agarrar na minha mão aquilo que eu conheço.
Anselm Grun, OSB, in Ao Ritmo do Tempo dos Monges, 2003
domingo, 8 de novembro de 2009
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