O regresso físico
O Anuário Relógios & Canetas esgotou os 500 exemplares
que enviou para o quiosque do Watches & Wonders, o salão de alta relojoaria
que, depois de dois anos de edição online, decorreu fisicamente em Genebra.
Aliás, o Anuário foi o único título de Portugal presente no escaparate do
evento, ombreando com outros títulos especializados do sector.
O Watches & Wonders 2022 (antigo Salão Internacional de
Alta Relojoaria) teve cerca de 22 mil visitantes (ausências da Rússia, devido
às sanções; da China, devido à pandemia) e foi coberto fisicamente por mil
jornalistas, que viram as novidades apresentadas pelas 38 marcas presentes, um
recorde.
Uma semana de agitação, criatividade e realidade física,
contrastando com as sessões online dos anos anteriores. Mas as plataformas e as
redes sociais têm cada vez mais força. Nesta edição híbrida, com transmissões ao
vivo pela Internet, calcula-se que o evento tenha chegado a 350 milhões de
pessoas.
Entretanto, a exportação de relógios suíços para a Rússia
parou em Março e quebrou 95.6% em valor face a Março de 2021, um país que
representou apenas 1% das exportações no ano passado para este sector da
indústria helvética.
Não será pois, pelas sanções a Moscovo, que a relojoaria
suíça ficará afectada. Em Março, cresceu 11.8% em valor, face a período
homólogo, tendo passado mesmo pela primeira vez tão cedo no ano a barreira dos
2 mil milhões de francos (2,1).
Portugal, 29º mercado tanto em Março como no acumulado do
primeiro trimestre, aumentou em 135% o valor importado em Março, face ao ano
passado, e em 64,4% no trimestre, embora ainda esteja abaixo (-28.1%) face a
2020, imediatamente antes dos efeitos da pandemia.
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