Agosto passa. É o momento das feiras e das romarias. Os últimos calcadouros de trigo devem estar-se a debulhar por aquelas herdades do Alentejo, sob o céu cáustico, esfumado, em cujo azul de chumbo paira a voracidade sinistra dos milhafres e dos grifos, de roda às anafadas galinhas dos casais.
Fialho de Almeida (1857 - 1911), in O País das Uvas
2 comentários:
Ninguém melhor que Fialho
para vigorosamente
nos descrever o trabalho
penoso da nossa gente!
JCN
Nos escritos de Fialho
de vigoroso recorte
todo a Alentejo grisalho
tem visos de uma água-forte!
JCN
Enviar um comentário