Alvará régio, de 14 de Março de 1577, concedendo que da renda da imposição do vinho se tirem 80$000 reis para saldar as dívidas da Câmara. O requerimento que alcançou este alvará e que foi informado por ordem régia de 4 de Janeiro ao corregedor, diz - "que a dita vila é uma das mais nobres e antigas do Reino e de grande povoação ..... é muito pobre que não tem dez mil reis de renda de propriedades, pelo que el-Rei vosso avô que está em glória há muitos anos lhe fez mercê de um ceitil na imposição do vinho, e depois a infante D. Isabel que está em glória houve provisão de Sua Alteza para dela dar ao mosteiro novo que se de freiras fez cada ano 30$000 reis e lhos dão há 20 anos. E por a vila ter muita fábrica de "calsadas" pontes fonte e muitos enjeitados que a Câmara manda criar a 70 e tem muitas ordinárias que paga, a saber: 20 cruzados de aposentadoria ao ouvidor outros tantos ao escrivão da Câmara por provisão que tem de seu mantimento, 10 ao porteiro da Câmara 1 pano da mesa 700 reis ao mestre do relógio e a quem corre o sino e porteiros e as pitanças dos oficiais da Câmara que tem por provisão de Sua Alteza de procuradores e pessoas que mandam fazer os negócios da vila pelo que sempre anda empenhada maiormente agora que gastaram muito nas exéquias da infante e hão-de gastar nas do sr. D. Duarte cujas almas Deus tem pelo que P. a Vossa Alteza havendo respeito ao sobredito lhes faça que do depósito das novas imposições que Vossa Alteza novamente concedeu para ser trazer à vila água de certas fontes e para um chafariz: possam deles suplicantes tomar 80 mil reis para desempenhar a vila e pagar suas dívidas e para enterração do sr. D. Duarte".
Fonte: Efemérides Vimaranenses
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