Quis custodiet ipsos custodes
Juvenal, Sátiras, VI, 347
A frase do poeta romano Juvenal tem tido, ao longo dos séculos, muitas traduções. Mas a ideia permanece básica – quem vigia os vigilantes? Todo o sistema democrático moderno tem isso, afinal, em mente, quando procura a separação de poderes e uma certa geometria variável do Poder, que se quer nunca concentrado numa só pessoa, numa só instituição.
Juvenal, Sátiras, VI, 347
A frase do poeta romano Juvenal tem tido, ao longo dos séculos, muitas traduções. Mas a ideia permanece básica – quem vigia os vigilantes? Todo o sistema democrático moderno tem isso, afinal, em mente, quando procura a separação de poderes e uma certa geometria variável do Poder, que se quer nunca concentrado numa só pessoa, numa só instituição.

A frase serve também de mote a um dos clássicos da BD, Watchmen, com argumento de Alan Moore e grafismo de Dave Gibbons. Esta obra, editada pela primeira vez em 1986, saiu mesmo do mundo desvalorizado da Banda Desenhada e ganhou foros de clássico da literatura, ganhando popularidade e adeptos ao longo das suas muitas reedições. A revista Time chegou mesmo a inclui-la na sua lista das 100 melhores novelas alguma vez escritas.



“Se Einstein decretou que o Tempo é variável, para que servirão de futuro os relógios?”, pensava ele. E, como a bomba atómica tinha chegado, também a era atómica deveria prosperar, sendo ela o futuro. E o aprendiz de relojoeiro torna-se estudante de física nuclear. Depois, um jovem cientista. Até que um acidente (nuclear, claro) o desintegra. Passados tempos, as moléculas do seu corpo vão-se inexplicavelmente reagrupando, e nasce assim o super-herói Dr. Manhattan. Como ele nos diz, “o importante, como na relojoaria, é seguir metodicamente a ordem de desmontagem e montagem”.
O resto, bom, o resto , se ainda não o fez, é melhor ler Watchmen…



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