Portefólio da Avenida da Liberdade, em Lisboa, no Relógios & Canetas online. Segunda parte da entrevista à designer de jóias Maria João Bahia. Para ter acesso grátis à edição completa de Julho, vá aqui ou aqui.
Ricardo Bento (fotos), Clàudia Baptista (texto)
Dinamismo no Passeio Público
Quando, há doze anos, Maria João Bahia se instalou na Avenida da Liberdade, ainda esta larga via que rasga o centro de Lisboa não tinha a pretensão de se desenvolver graças a comércio de griffes de luxo, hotelaria e restauração de excelência, à sua escala, a exemplo de outras ruas nas grandes capitais estrangeiras, como a Avenue Montaigne, em Paris, a New Bond Street, em Londres, ou a 5ª Avenida, em Nova Iorque. A criadora participa activamente na vida da Avenida da Liberdade, nomeadamente através da Associação Passeio Público, que fundou em 2011, juntamente com um colectivo de lojistas, hoteleiros e outros responsáveis por negócios e instituições com assento na grande artéria lisboeta. De nome inspirado no oitocentista Passeio Público, criado pelo arquitecto Reinaldo Manuel em 1764, à imagem dos boulevards parisienses, a associação pretende dinamizar a Avenida com projectos culturais e de lazer. Algumas iniciativas promovidas na sua curta existência revelaram, desde logo, as potencialidades de atrair lisboetas e turistas: as palestras noturnas, o desfile equestre que «passeou» entre o Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço, e a feira de artesanato e antiguidades que pontualmente no segundo fim-de-semana de cada mês se instala junto do Monumento aos Mortos da Grande Guerra. «Basta sairmos do rame-rame e dispormo-nos a ter tempo para algo de novo», diz Maria João Bahia. Os variados programas já realizados foram bem acolhidos e «até os estrangeiros querem ver o que se passa!...»
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