A divulgação ocorrerá no 20º Salão Internacional de Alta Relojoaria, em Genebra. Mas Carlo Ceppi, quadro do Richemont Group (o mais representado no certame), deu já algumas indicações sobre o estudo.
Em conversa com Christophe Roulet, responsável pela newsletter da FHH, Ceppi diz que foi feito um cenário a dois anos para a distribuição, que tem sofrido grandes alterações à medida que o mercado se torna cada vez mais global. "Dez anos de crescimento ininterrupto, combinados com a crença num mercado todo-poderoso, convenceram os retalhistas de que podiam aumentar as suas margens de lucro ano após ano", diz Ceppi. "Isso deixou-nos na situação actual de stocks desproporcionados".
"Na economia de hoje, os consumidores preferem a segurança de modelos icónicos, de marcas estabelecidas e reconhecidas, enquanto os retalhistas respondem com promoções, na forma de descontos brutais, e com o recrudescimento do mercado paralelo, numa tentativa de redução de stocks", diz o especialista.
"As marcas deveriam ter em consideração nas suas colecções as especificidades locais, particularmente em mercado maduros, consultando mais os retalhistas. Vamos ver uma redução inevitável no número dos pontos de venda, devendo haver investimento na qualidade do pessoal, na apresentação dos relógios, no serviço pós-venda. Paralelamente, os retalhistas terão que concentrar-se num menor número de marcas, como chave para um maior profissionalismo", aponta Ceppi. "Quanto às marcas em si, serão de futuro mais selectivas na escolha dos seus distribuidores, garantindo que estão em sintonia com os consumidores, que procuram conselhos de especialistas que se encontram em lojas mono-marca, cujo número podemos esperar que cresça".
1 comentário:
Cada vez se actuará mais em espírito de equipa entre marcas e lojas, que terão que aprender a ouvir-se umas às outras.
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