A Omoura, empresa com profrundas raízes históricas no sector da Relojoaria e Joalharia em Portugal, está num momento de viragem. Enquanto até agora o foco da sua actividade foi a importação e representação de marcas de luxo internacionais no mercado nacional, a partir deste ano vai passar a focar-se na representação e estratégia de internacionalização de marcas portuguesas.
"É como que inverter o sentido de marcha de um carro. Estávamos mais virados para dentro, queremos agora que a nossa experiência de décadas no sector do luxo sirva para ajudar a criar marca e posicionamento global de empresas nacionais", diz-nos António Luís Moura. "Desde o início do século XX que a minha família, tanto do lado materno como paterno, vive rodeada de jóias. Herdei à nascença uma grande intimidade com a ourivesaria e a juventude foi bastante próxima dos negócios familiares, principalmente o do meu pai".
Fernanda Lamelas e António Luís Moura
Juntamente com a mulher, a arquitecta Fernanda Lamelas, António Luís Moura foi, através da Omoura (Olindo Moura Lda), representante em Portugal de marcas como Dior, Dinh Van. H. Stern, Mimi ou Chaumet. Mas a estratégia dos grandes conglomerados do luxo tem paassado por prescindir de intermediários, lidando directamente com os pontos de venda nos respectivos países ou abrindo boutiques monomarca. A Omoura deixou, a partir deste ano, de representar a Chaumet, do grupo LVMH.
Desde há cerca de dois anos que a Omoura está ligada ao processo de reformulação de imagem e internacionalização da marca portuguesa Eleuterio, especialista em filigrana com design contemporâneo. "Quando falamos de Eleuterio, falamos de filigrana verdadeira, manufacturada, e não de processos industriais que estão a banalizar o produto e a provocar a perca de saber-fazer ancestral", diz-nos António Luís Moura.
No âmbito da estratégia de internacionalização, a Eleuterio abrirá, até ao final de Fevereiro, um espaço na nova zona de marcas de luxo no Aeroporto de Lisboa.
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