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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Em primeira mão - Brasil, os dados da importação relojoeira


O Brasil importou da Suíça, em 2012, quase 58 milhões de francos suíços em relojoaria, e o país poderá estar à beira de entrar nos 30 principais mercados helvéticos do sector, destronando possivelmente a Grécia.

Os números da Fédération de l'industrie horlogère suisse FH, a que Estação Cronográfica teva acesso, não espelham, nem de perto, a realidade do consumo de relógios no Brasil, uma economia emergente mas onde os impostos dos bens de luxo são extremamente elevados.

Por um lado, há cada vez mais brasileiros a viajar, comprando fora, nomeadamente em Portugal, relógios de valor elevado. Por outro, os grandes grupos de luxo estabeleceram desde há anos em Miami as plataformas logísticas de importação dos seus relógios, que partem depois daí para os mercados latino-americanos, nomeadamente o Brasil.

No entanto, e não apenas devido à pujança económica brasileira, mas também à aproximação de eventos tão importantes como o Campeonato do Mundo de Futebol ou os Jogos Olímpicos, esses mesmos grupos têm aberto boutiques das suas marcas no Rio de Janeiro ou São Paulo e reforçado a rede de retalho. Mesmo que isso signifique apenas investimento a médio e longo prazo, garantia de serviço pós-venda e reconhecimento de marca, e não vendas propriamente ditas...

De qualquer modo, os números a que tivemos acesso, valendo o que valem, reflectem uma consolidação de mercado e um crescimento lento, que poderá, mesmo assim, levar o Brasil a entrar dentro de um ano ou dois no Top 30 dos mercados da relojoaria suíça (Portugal fechou o ano de 2011 na 23ª posição e 2012 na 26ª, para um valor de 110,6 milhões de francos suíços neste último ano).

Vamos ao números. Em 2007, o Brasil importou 57,7 milhões milhões de francos em relojoaria suíça. Em 2008, atingia o recorde absoluto, com 61,5 milhões de francos. No ano seguinte, com a crise fianceira mundial, houve uma quebra de 33,8 por cento, para se chegar aos 40,7 milhões. A partir daí, tem sido sempre a subir: Em 2010, cerca de 44 milhões (mais 7,9 por cento); em 2011, um salto para 55 milhões (mais 25,1 por cento); em 2012, o ano fecha com 57,9 milhões (mais 5,2 por cento).

Ainda quanto a 2012, houve uma quebra de 40,8 por cento no número de relógios, acompanhada de um aumento de 77,7 por cento no preço médio das peças. Uma tendência que acompanha a tendência geral da indústria relojoeira helvética - nos últimos anos, o número de relógios exportados tem diminuído consistentemente, mas com cada vez maior valor médio - em 2012, a indústria relojoeira suíça bateu todos os recordes, ultrapassando pela primeira vez a barreira dos 20 mil milhões de fs.

Em termos relojoeiros, como será 2013 no Brasil? Para já, tivemos acesso aos números de Janeiro. Há uma ligeira quebra no valor das importações provenientes da Suíça - menos 1,4 por cento - 3.689.542 fs em 2012, contra 3.639.393 fs em 2013.

(na foto, capa da edição anual especial da GQ Brasil, de que Estação Cronográfica é, desde o primeiro número, editor convidado)

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