Relógio de sol desenhado por Vitrúvio no seu De Architectura
"Quadrante Antiquíssimo - Nas escavações feitas durante o último ano pelo snr. Rayet em Heraclea de Latmos, foi encontrado em um edifício que provavelmente deve ter servido para o senado, um quadrante solar cónico tão completo, que só lhe falta o gnomon ou estilo. Esta descoberta é tanto mais importante quanto até hoje não se tinham encontrado mais do que fragmentos de relógios de sol desta classe em Om-el-Alamiel (Fenícia). É pois o quadrante de Heraclea o primeiro exemplar descoberto da classe dos cónicos que menciona Vitúrbio [Vitrúvio], mas que não descreve em nenhuma das suas obras.
O referido quadrante é formado de um pedaço de mármore de 44 centímetros de grossura, sendo o lado que forma a sua secção longitudinal de 39 centímetros e de 51 graus no ângulo agudo. Uma das bases, paralela ao equador, serve de assento ao cone recto da base circular cujo interior constitui o quadrante propriamente dito. Deduz-se de uma inscrição que tem esculpida, que foi dedicado ao rei Ptolomeu por Apolónio, filho de Apolodoto, e construído por Temistágoras de Alexandria, filho de Meniscos, nomes que, à excepção do primeiro, ninguém transmitiu à história.
A forma, disposição e estrutura deste quadrante, dá uma perfeita ideia do grande saber a que, sobre a astronomia, tinham chegado os gregos."
in O Comércio do Porto de 19/04/1874
O referido quadrante é formado de um pedaço de mármore de 44 centímetros de grossura, sendo o lado que forma a sua secção longitudinal de 39 centímetros e de 51 graus no ângulo agudo. Uma das bases, paralela ao equador, serve de assento ao cone recto da base circular cujo interior constitui o quadrante propriamente dito. Deduz-se de uma inscrição que tem esculpida, que foi dedicado ao rei Ptolomeu por Apolónio, filho de Apolodoto, e construído por Temistágoras de Alexandria, filho de Meniscos, nomes que, à excepção do primeiro, ninguém transmitiu à história.
A forma, disposição e estrutura deste quadrante, dá uma perfeita ideia do grande saber a que, sobre a astronomia, tinham chegado os gregos."
in O Comércio do Porto de 19/04/1874
(colaboração de Alexis Passechnikoff)
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