Est. June 12th 2009 / Desde 12 de Junho de 2009

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Encontrado o morteiro da Meridiana dos Clérigos


Esta é uma história de colaboração desinteressada, exemplo do que sucede cada vez com mais frequência em dois anos de existência do Estação Cronográfica - os leitores, alertados para um enigma qualquer na História do Tempo em Portugal, deparam às vezes com a solução.

Foi o caso de Alexis Passechnikoff, com quem há anos mantemos contacto. A viver no Porto, é um estudioso das coisas da gnomónica, coleccionador de relógios de sol. 

Visitámos há uns dez anos a Torre dos Clérigos, subimos até ao topo, no rasto de uma célebre meridiana que marcou o tempo colectivo da urbe. Não tivemos sinal dela. Ao ler-nos, dizendo que a Meridiana dos Clérigos estava desaparecida, sem rasto, Alexis Passechnikoff ficou com a informação "atrás da orelha".

E, numa das suas idas recentes ao monumento portuense, perguntando a quem dele cuida, recebeu resposta inesperada: "só se for o que está para ali, na Sacristia".

E não é que o nosso amigo Alexis depara com o morteiro da referida meridiana? Um objecto de 22,3 cm de base, 35,5 cm de comprimento, para 12,5 cm de diâmetro no exterior da boca, que tem 6 cm de diâmetro interno. Em ferro (?).

Do resto da Meridiana dos Clérigos, continua a não haver rasto. Dela e de Veríssimo Alves Pereira, curiosa personagem, aqui recordamos algo do que temos escrito. Para saber mais, pode consultar a Bibliografia Horológica.

A Alexis Passechnikoff, claro, os nossos agradecimentos (são dele as fotografias do morteiro que fez parte da meridiana).








Num texto, de Maio de 1846, assinado por Veríssimo Alves Pereira, na “Revista Universal Lisbonense”, lê-se:

“Nem tudo será eivado do frenesim do século, nem tudo será política no nosso reino”, desabafa logo no início Veríssimo Alves Pereira, e com alguma razão – estava-se num ano de fogo, com a Revolta da Maria da Fonte, a queda do Governo de Costa Cabral, o início da Patuleia. É no meio deste “prec”, “deste vórtice imenso em que giramos, onde mais vezes se debatem as paixões que os interesses do país”, que “alguma coisa há-de surgir de verdadeira utilidade”. E anuncia-se, com alegria: “O Porto acaba de fazer uma aquisição desta espécie, e por fortuna minha coube-me a mim o seu desempenho. Ali tem ele uma Meridiana sonante, aí tem ele portanto satisfeita uma das suas grandes necessidades”.

E Veríssimo Alves Pereira explica: “A simples Meridiana é uma máquina demasiado compreensível e de fácil obra, mas não assim se este instrumento se encarrega também de transmitir a hora que marca para um ponto longínquo por meio do toque de sinos. A Meridiana que hoje tem o Porto pratica isso.

“Acha-se ela colocada no magnífico – e a todos os respeitos mui apropriado edifício da Torre dos Clérigos, e a seguinte, é a descrição mais abreviada do seu maquinismo e feitos.

“Passando o sol pela linha Norte-Sul da cidade, um de 8 delgados cordões feitos de 4 fios de retrós preto que se acha na mesma linha, se queima quando ferido pelo foco de uma lente, e imediatamente pelo espaço de quase dois minutos se faz ouvir um repique dado em muitos sinos, e a detonação de um morteiro. Isto se passa na altura de 52 metros, ou, pouco mais ou menos 235 palmos acima da base da Torre, e portanto dá aviso à maior parte da cidade de quando é o seu verdadeiro meio-dia, e convida a todos para que regulem seus relógios talvez duzentas e tantas vezes por ano, que tantos são os dias presumíveis em que a atmosfera do Porto deixa ver àquela hora a face do sol”.

O guardião do meio-dia solar “tripeiro” tinha sido, ele próprio, o autor da Meridiana dos Clérigos. Diz que foi ajudado na tarefa pelos amigos João Vieira Pinto, Francisco Joaquim da Silva Natividade e Luís Ferreira de Sousa e refere ainda um Manuel Bernardes Galinha, “muito hábil artista de Coimbra”, que muito o ajudou, pondo à sua disposição a sua “bem estabelecida oficina”.

Mas vamos aos pormenores: “Não obstante estar a Meridiana colocada fora da Torre, e distante da máquina que tange os sinos coisa de 50 palmos, e esta afastada deles uns 102, o que torna um pouco difícil a comunicação entre as diversas partes deste todo, tudo se venceu, e uma vez truncado o cordão que se propôs à acção dos raios solares convergidos pela lente, os sinos tocam, ecoa o morteiro, e a peça que contém os 8 cordões, foge da sua posição para depois de dar tempo à deslocalização do foco, vir oferecer por um outro movimento que faz sobre o seu eixo, um novo cordão que detém a máquina, e que há-de repetir no outro dia esta mesma cena. E porque são 8 os cordões, e 8 também os dias de corda que a máquina tem, só depois de seccionado o último cordão, é que é necessário refazê-la de novos cordões, e de nova corda que é preciso dar-lhe”.

Em 1932, António Ferreira Pinto, num opúsculo dedicado ao Bicentenário da Torre dos Clérigos, refere “en passant” que “durante muitos anos um tiro dado na torre por um grande morteiro anunciava a Meridiana”. E acrescentava: “era um serviço inconveniente, que terminou, há muito, e que provou a solidez do monumento”.



Quem foi Veríssimo Alves Pereira?

Como escrevemos já em várias obras, foi um relojoeiro construtor, activo na segunda metade do séc. XIX.

Alves Pereira foi professor de relojoaria na Casa Pia de Lisboa, juntamente com o amigo Augusto Justiniano de Araújo, de quem foi sócio na Fábrica de Relógios de Torre, fundada em 1870, na Rua da Boavista, na capital. Fabricou pois também relógios de torre. Aliás, nos Arquivos da Câmara de Lisboa encontra-se um contrato assinado em 1872, onde Veríssimo Alves Pereira se compromete a aproveitar e a concertar algumas peças de um antigo relógio do Convento do Carmo, que batia horas e meias-horas. Dessa máquina não há hoje rasto.

Júlio Castilho, na sua “Lisboa Antiga” diz que esta curiosa personagem “andava sempre com algum projecto, algum invento útil, alguma facilitação industrial, alguma aplicação novíssima da mecânica” na cabeça. E, como todos os inventores, “explicava em termos prolixos, a quem quer que encontrasse, as vantagens de tal ou tal aparelho, os pormenores de tal ou tal engrenagem, sem querer saber se o seu interlocutor se achava no ponto de vista dele, e comungava das mesmas ideias”.

Veríssimo Alves Pereira foi membro da Associação Industrial Portuense, colaborou na Revista Universal Lisbonense – Por uma Sociedade Estudiosa (1862-1853), com sede na Rua dos Fanqueiros, 82. Foi dos membros mais activos da Associação Promotora da Indústria Fabril, fundada em 1837, génese da actual Associação Industrial Portuguesa, e que editava a Gazeta das Fábricas, tendo sede na rua da Boa Vista, perto do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa. Este instituto, fundado em 1852 por Fontes Pereira de Melo, e que está na génese do Instituto Superior Técnico e das escolas de Gestão, tinha uma oficina de instrumentos de precisão, para reparar e mesmo construir vários aparelhos, incluindo relógios. O objectivo era o abastecimento e manutenção desses aparelhos de precisão (incluindo cronómetros) a todos os estabelecimentos científicos do Estado. Veríssimo Alves Pereira foi seu Director Técnico.

Mas as actividades deste homem fascinante não terminariam por aí. Teve estabelecimento de instrumentos musicais na Baixa lisboeta, que fabricava. E até comercializava contadores de água, patente sua, que considerava muito superiores aos que Lisboa começava a importar de Inglaterra, no início da construção do sistema de abastecimento ao domicílio pela Companhia das Águas. Há um divertido folheto de Veríssimo Alves Pereira, de 1871, a explicar as virtudes do seu contador.

A meridiana de Lisboa

Veríssimo Alves Pereira também quis construir uma meridiana em Lisboa, à semelhança da que tinha postom a funcionar no Porto. Em carta publicada em 1847 na Revista Universal Lisbonense, Alves Pereira dá conta de que fez uma proposta à Câmara Municipal de Lisboa para que fosse instalado na capital um mecanismo idêntico ao que acabara de instalar nos Clérigos.

Através dessa carta, o inventor quer “dar ao público uma ideia do seu mecanismo, e convidar os nossos sábios gnómonos e matemáticos, a darem sobre ele o seu parecer, corroborando ou rectificando” as suas ideias.

No mecanismo proposto para Lisboa, entendeu que seria melhor se, em vez de o efeito sonoro à passagem do sol pelo zénite ser o repicar dos sinos da torre onde estivesse instalado, ele agora fizesse incendiar dois foguetes, “servindo o primeiro para prevenir a observação, e o segundo para marcar o rigoroso instante dela”.

“Desta forma, acabei de construir uma nova meridiana, de que me parece resultaria grande comodidade ao público de Lisboa, sendo colocada no Terreiro do Paço, e com o que a Marinha tiraria também grande proveito”.

O mecanismo era composto de duas caixas, com a “conveniente rodagem” no interior. Uma delas conteria até 14 foguetes, e a outra catorze pistolas “em comunicação com estes, para os incendiar, e que se disparam por meio de uma régua dentada que lhes vai tocar no gatilho”.

“Em relação com a rodagem está uma mola que comprime uma pequena alavanca, que mantém, por meio de uma roda dentada, a meridiana propriamente dita na devida posição oblíqua”, explica. “Esta consta de um eixo de oitenta e quatro centímetros, em cujas extremidades há duas rodas, sendo uma delas a que acabo de falar. De uma a outra destas rodas tiram-se oito cordões de quatro fios de retrós cada um deles, paralelos ao eixo. Na altura de oitenta e quatro centímetros destes cordões está colocada a lente de igual foco. Quando os raios solares, convergidos por esta lente, tocam o ponto do meio-dia, queimam o cordão de retrós que lhe está oferecido à acção. Imediatamente a rodagem se põe em movimento, e ouve-se a detonação do primeiro foguete de duas bombas, para prevenção. Trinta ou quarenta minutos depois estala o segundo de uma só bomba, que marca o meio-dia. As duas caixas fecham-se logo, para ficarem preservando da humidade os foguetes e as pistolas, e a meridiana tendo feito uma oitava parte do seu giro, sobre o seu eixo, virá assim oferecer um novo cordão de retrós à acção solar do meio-dia do dia seguinte”. Tal como a sua irmã do Porto, a máquina “está feita para durar uma semana sem ser necessário remontá-la”.

Havia resistências a este tipo de mecanismo. O próprio Veríssimo Alves Pereira diz: “Alguém, a quem muito respeito por seu talento e estudos, não dá a esta qualidade de meridianas todo o valor que eu penso que elas têm, convenientemente colocadas numa cidade como Lisboa; e julga que aqueles que quiserem verificar o bom regulamento dos seus relógios ou cronómetros, o poderão fazer melhor servindo-se de quaisquer gnómon ou quadrante”.

O inventor não identifica esse seu conhecido, mas acrescenta que outras pessoas pensam também o mesmo, pois “uma meridiana assim é pouco rigorosa, porque a intensidade do sol nem sempre é a mesma”.

À primeira objecção, Alves Pereira diz que nem todos podem andar com gnómon ou quadrante, não os sabem fazer, e não é muito prático esperar “ao pé do estilete que a sua sombra vá tocar o ponto do meio-dia”.

Quanto à segunda objecção, ele concorda que a sua meridiana poderá ter “algum desvio de segundos, se a intensidade do sol aumentar ou diminuir”, mas considera-o despiciendo, quando espalhado ao longo de um ano.

“Estas são as questões que eu desejaria ver impugnadas por quem soubesse mais teoria do que eu, ou que achando-as conformes às suas ideias as corroborassem; porque a minha voz é débil, e eu careço de apoiar e fortificar as minhas ideias com as de quem já tenha crédito e nome a tal respeito”, remata a carta publicada na Revista Universal Lisbonense. Parece que não conseguiu convencer a vereação de Lisboa, e alguns anos depois aparecia o Balão do Arsenal, como iremos ver, e que desempenharia a partir de então as funções de marcar o meio-dia “oficial” na capital do reino.

De Veríssimo Alves Pereira, Júlio Castilho, na sua “Lisboa Antiga” diz que esta curiosa personagem “andava sempre com algum projecto, algum invento útil, alguma facilitação industrial, alguma aplicação novíssima da mecânica” na cabeça. E, como todos os inventores, “explicava em termos prolixos, a quem quer que encontrasse, as vantagens de tal ou tal aparelho, os pormenores de tal ou tal engrenagem, sem querer saber se o seu interlocutor se achava no ponto de vista dele, e comungava das mesmas ideias”.

Segundo Júlio Castilho, “entre vários devaneios que lhe entretiveram as distintas faculdades intelectuais, figurou muito a meridiana”. Nas palavras sugestivas do autor de“Lisboa Antiga”, Veríssimo Alves Pereira queria “obrigar o sol a dizer em alta voz a Lisboa inteira: Meus senhores, cuidado! Cá estou eu no zenith. Acertem os relógios! Vamos! E depressa!”.

Pois, no caso da meridiana de Lisboa, o projecto foi mesmo para a frente, embora com contornos misteriosos.

Em sessão no início de 1857 recebia a Câmara da capital um ofício, em que o cidadão Veríssimo Alves Pereira lhe remetia uma memória acerca da meridiana que ele projectava colocar no castelo de S. Jorge, e que havia de anunciar o meio-dia verdadeiro com a detonação de um morteiro, incendiado por uma lente biconvexa (o esquema tinha sido explicado antes pelo inventor, em carta publicada na “Revista Universal Lisbonense”, como referimos acima). O autor oferecia o mencionado aparelho ao município, e pedia que se nomeasse uma comissão para dar o seu parecer. Poucos dias depois, resolvia a câmara consultar, em vez da comissão apontada, um professor da Escola Politécnica, Guilherme José António Dias Pegado. Mas, ou porque ele não aceitou, ou porque não estava na capital, alguns dias mais tarde o executivo camarário contacta Felipe Folque para que este dê um parecer sobre a meridiana.

Garante Castilho que o parecer de Folque foi inteiramente favorável e, em Fevereiro de1857 a câmara manifesta o desejo de comprar a meridiana, que Veríssimo até já tinha colocado no castelo. Pede-se ao Ministério da Guerra a pólvora necessária ao funcionamento do instrumento e que faça as obras necessárias ao assentamento definitivo da meridiana e dos morteiros numa das esplanadas do castelo.

“Quanto custou o aparelho, não sei; acho autorizadas pela câmara duas prestações de pagamento a Alves Pereira: uma de 50 mil réis, outra de 67.680 reis. Seria a totalidade? Talvez”, escreve Castilho. “Aqui perco o rasto à meridiana; não sei por que motivo deixou de funcionar, e desapareceu.”

A “Ilustração Portuguesa”, de 25 de Novembro de 1907, também não dá grandes pistas sobre isso. A dado passo, um artigo de Victor Ribeiro sobre os observatórios astronómicos portugueses, diz: “Mais moderna é a ideia da meridiana, como a do Palais Royal, de Paris. Estabeleceu-a no castelo de S. Jorge em 1857 um cidadão dedicado, Veríssimo Alves Pereira [...]. Agora, temo-la, em Lisboa, no terraço do observatório da Escola Politécnica. Uma lente que converge os raios do sol sobre o ouvido da peça faz disparar o canhão à uma hora da tarde. Há uma linda peçasinha meridiana no terraço do palácio da Pena”.

O Almanaque Bertrand, de 1900, dedica à meridiana de Lisboa um artigo, onde se conta que os lisboetas se aglomeravam à sua volta, por volta do meio-dia, para acertarem os seus relógios pela “hora verdadeira, a hora do Sol”.


O relógio de horas universais

Apareceu recentemente em Lisboa um relógio de Horas Universais, assinado Veríssimo Alves Pereira.

Estação Cronográfica foi solicitada a examiná-lo e disso deu conta em primeira mão, aqui. Até hoje, sabia-se que esta figura incontornável do Tempo português na segunda metade do séc. XIX tinha construído três desses relógios de pêndulo, estando os números 2 e 3 no Museu da Fundação Portuguesa das Comunicações. Embora não esteja aparentemente mencionado em nenhum lado o número deste relógio, poderá tratar-se do primeiro que Veríssimo Alves Pereira construiu. Esteve até há pouco tempo “numa herdade do Alentejo”, segundo informação do antiquário que hoje possui a peça.

O relógio é composto por um mecanismo de pêndulo, a que acresce um outro, a ele ligado, e que faz mover horizontalmente uma roda de metal, onde estão desenhadas as 24 horas do dia (a branco, as de dia; a preto, as de noite).

O relógio está no interior de um cilindro de metal, forrado com um mapa-mundo francês, de que não descobrimos a casa editora, datado aparentemente de 1868. Logo, o relógio será posterior. O mapa-mundo usa como meridiano zero ou de referência o de Paris. Só em 1884, na Conferência de Washington, fica estipulado que o sistema de fusos horários passaria a ter como meridiano zero o que passava pelo Observatório Astronómico de Greenwich. E Portugal usava na altura os meridianos zero dos observatórios de Lisboa e Coimbra, primeiro; apenas o de Lisboa, depois. Só em 1 de Janeiro de 1912 o meridiano de referência para Portugal passou a ser o de Greenwich.

O relógio de Horas Universais de Veríssimo Alves Pereira agora encontrado tem um outro anel, graduado a 360 graus. Esse aro pode mover-se para ajustar ao meridiano de referência (zero graus).

O mapa ostenta a assinatura “Veríssimo Alves Pereira inventou e fez, Lisboa”. Num dos exemplares que já estudámos existente no Museu da Fundação Portuguesa das Comunicações, a assinatura é diferente: “Veríssimo Alves Pereira, inventor e construtor, Lisboa 1874”. De qualquer forma, a frase latina invenit et fecit, usada na idade média pelos vários Ofícios para indiciar a identidade de quem fez a obra parece ter sido inspiradora desta personagem polifacetada. (François-Paul Journe, um relojoeiro francês contemporâneo, um dos mais celebras da actualidade, assina os relógios de pulso que produz exactamente com a frase invenit et fecit)

O relógio assenta numa base de madeira, forrada a pau-santo. E o conjunto superior deveria ter uma redoma de vidro a cobri-lo, protegendo-o do pó, pois há uma ranhura a toda a volta do móvel onde ela assentaria. Mas também os exemplares existentes no Museu da Fundação Portuguesa das Comunicações estão hoje sem redoma.

Os três exemplares conhecidos são encimados por estátuas de Cronos, alado e com uma foice. O do exemplar agora detectado é em barro pintado e não está assinado.


1 comentário:

João de Castro Nunes disse...

Os nossos antiquários
prestam colossais serviços
com seus negócios castiços
de despojos centenários!

JCN