Est. June 12th 2009 / Desde 12 de Junho de 2009

A daily stopover, where Time is written. A blog of Todo o Tempo do Mundo © / All a World on Time © universe. Apeadeiro onde o Tempo se escreve, diariamente. Um blog do universo Todo o Tempo do Mundo © All a World on Time ©)

domingo, 8 de agosto de 2010

Uma viagem à Suíça há 71 anos*

Passou-se a noite e no dia seguinte, 7 da manhã, só comi uma pêra e um pêssego que tinha [...] da véspera.

Em Irun quisemos comer mas tudo era caro.

Passado o visto, declarados os valores e vistas as malas atravessámos a ponte a pé, para Hendaye.

Junto à ponte, a paisagem lembra os [...] para o sul de Santa Clara.

Em Hendaye [...] fomos logo à estação comprar bilhetes e ali comprei um repas que levei para a carruagem numa caixa que custou 19,50 francos. O bilhete a Paris custou 269.00. Assim que entrámos em marcha desatei a comer com tal garra que nem dei pela passagem de Biarritz (esqueci dizer que gostei imenso de San Sebastian – vista do comboio apenas). O comboio de Hendaye a Paris é eléctrico e a 3ª francesa é melhor, mais limpa e mais cómoda que a 2ª espanhola e mesmo que algumas 2ªs nossas. Dax tem uma bela estação, mas Bordéus então é magistral, grandiosa, a cúpula de vidro altíssima.

Amanheceu em Orleans, chove a valer.

Cheguei a Paris às 07h30 do dia 8. Aqui outra surpresa me esperava, a maior de toda a série, meu irmão apareceu-me com uma paralisia facial que lhe tinha dado dias antes. Em vez da alegria que esperava, houve lágrimas.

Fomos deixar a mala no Hotel e como era cedo aproveitámos em ver a Notre Dame, almoçámos e fomos a um especialista de doenças nervosas. Este deu-nos a felicidade em afirmar que a doença do meu irmão não era coisa de cuidado, que passaria por completo embora lentamente. Levantaram-se os ânimos.

A primeira impressão que nos avulta ao chegarmos a Paris é de que a cidade está de luto, todas as casas e monumentos parecem caiados a carvão.

O primeiro sentimento é pois de desolação, mas a vista habitua-se e começa-se a ver a grandeza.
Após a visita do médico visitámos o Arco do Triunfo, de proporções harmoniosas. Subimos à parte interior e então a vista que se desfruta é empolgante.

Não satisfeito com esta panorâmica quis ver Paris de mais alto e então subimos à Torre Eiffel a que chamarei apenas um colosso de ferro e de mecânica. Do cimo do último parapeito a 300 metros vê-se uma vista vastíssima de toda a cidade num raio de muitos quilómetros e então pode apreciar-se a grandeza desta Babilónia. É verdadeiramente encantador e impressionante.
As pessoas que passam junto aos pés da torre parecem formigas e os automóveis brinquedos de criança. Por debaixo dos arcos da base podem passar sem estorvo os aviões.

*ver contextualização aqui.

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