No trabalho incluem-se extractos de um diário, manuscrito, elaborado por Daniel, quando, em Agosto de 1939, atravessando uma Espanha destruída, e saída há apenas meses da guerra civil, ele vai juntamente com o irmão, José, de comboio até à Suíça.
O objectivo é visitar uma Feira Internacional, em Zurique, mas também a passagem por manufacturas como a Le Roy, em Paris, a Patek Philippe, em Genebra, ou a Omega, em Bienne.
É esse diário, até hoje inédito, que passamos a transcrever em Estação Cronográfica, agora na íntegra, e respeitando o dia-a-dia da viagem. Sobre Daniel de Campos Contente, o melhor será ler o que sobre ele foi escrito no Anuário dos Relógios & Canetas 2010.
Agosto, 4
Saí de Coimbra com bilhete até Vilar Formoso, a alturas de Nelas e Gouveia desfruta-se uma bela vista da Serra da Estrela.
É esse diário, até hoje inédito, que passamos a transcrever em Estação Cronográfica, agora na íntegra, e respeitando o dia-a-dia da viagem. Sobre Daniel de Campos Contente, o melhor será ler o que sobre ele foi escrito no Anuário dos Relógios & Canetas 2010.
Agosto, 4
Saí de Coimbra com bilhete até Vilar Formoso, a alturas de Nelas e Gouveia desfruta-se uma bela vista da Serra da Estrela.
Depois da Guarda, travei conhecimento com o Sr. Cândido Ferreira (de Coimbra) construtor civil em Lisboa e fiscal do Governo no Caminho-de-ferro.
Cheguei a Vilar Formoso e tive a decepção de não poder atravessar a fronteira, em virtude de não trazer o passaporte visado pela Polícia Internacional.
Tive a felicidade de aqui encontrar um carro de Lisboa, que regressava de Espanha e o chaufeur ofereceu-se para me levar para Coimbra. Parámos na Guarda, mal vimos a cidade, parámos junto à Sé, que tive pena de não visitar.
A estrada que ladeia a Serra da Estrela é encantadora, fica-nos à esquerda um vale profundo onde respontei o Mondego, que parece um regato, a outra encosta é a Serra.
Chegámos a Coimbra ás 23h45, tendo partido de Vilar Formoso às 19h45.
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