Durante praticamente todo o século XX o mercado português esteve colocado entre os 20 mais importantes para as exportações relojoeiras suíças - uma situação interessante, se se tiver em conta o rendimento per capita nacional e a sua população em termos absolutos.
Mas, há cerca de dez anos, com a chegada ao consumo maciço de economias emergentes com a China, a Índia ou a Rússia, Portugal foi descendo na posição. Com o regresso ao grupo dos "20 mais", confirma-se um comportamento atípico do mercado nacional, ainda por cima afectado por uma crise económica e financeira. Segundo os observadores, a compra por parte de consumidores estrangeiros - brasileiros, angolanos - de peças muito caras, por um lado; o desvio de peças para países terceiros, por outro, podem explicar em parte um fenómeno que continua a intrigar.
Em termos globais, Julho foi um mês que seguiu a tendência de recuperação para as exportações relojoeiras helvéticas, registada no primeiro semestre: aumento de 19,9 por cento em valor, comparado com Julho de 2009. No acumulado dos primeiros sete meses, um aumento de 19,6 por cento.
De notar que, exportando menos em quantidade, a Suíça exportou mais em valor - os relógios de pulso viram o seu preço aumentar 20,3 por cento à saída da fábrica.
Entre os 20 principais mercados, apenas o Japão e a Alemanha registaram reduções no valor das importações relojoeiras de Janeiro a Julho - 3,5 e 4,6 por cento, respectivamente. A China aumentou 74,8 por cento o valor das suas importações e a República Checa é campeã - regista 276,3 por cento de aumento face ao ano passado.
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